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sábado, 5 de dezembro de 2020



*REDESCOBRIR O PERDÃO*


Até há pouco tempo, falar de perdão cabia de forma exclusiva aos religiosos. *Dizer a alguém que lhe seria melhor perdoar, conforme ensinou Jesus, parecia próprio de quem vive fora da realidade.*

No entanto, na atualidade, perdoar tem se tornado uma medida de bom senso. Pessoas não religiosas têm descoberto que perdoar é terapêutico.

O Dr. Fred Luskin, diretor do Projeto Perdão, da Universidade de Stanford, em seu livro O poder do perdão, *afirma que carregar a bagagem da amargura é muito tóxico.*

Nos estudos que realizou com voluntários, constatou que a ação de perdoar lhes melhorou os níveis de energia, de humor, a qualidade do sono e a vitalidade física geral.

*Isso ocorre, explica, porque somos programados para lidar com a tensão. Pode ser um alarme de incêndio, uma crise, uma discussão mais acalorada.*

Nessas ocasiões, o corpo libera os hormônios do estresse – adrenalina e cortisol – acelerando o coração, a respiração e fazendo a mente disparar.

*Ao mesmo tempo, a liberação de açúcar estimula os músculos e os fatores de coagulação aumentam no sangue.*

Se isso for breve como, por exemplo, um sobressalto na estrada por um quase acidente, é inofensivo.

*Contudo, a raiva e o ressentimento são como acidentes que não têm fim.* Transformam em toxinas os hormônios que deveriam nos salvar.

*O efeito depressor do cortisol no sistema imunológico está relacionado a doenças graves.* Ele esgota o cérebro, causando atrofia celular e perda de memória.

*Ainda mais, provoca doenças cardíacas por elevar a pressão sanguínea, os níveis de açúcar no sangue, enrijecendo as artérias.*

É aí que entra o perdão, que parece interromper a circulação desses hormônios.

*Vejamos algumas dicas para encontrar a paz, através do perdão, melhorando a nossa qualidade de vida.*

*Primeira* – concentre-se nos fatos da ofensa. Quase sempre quando nos sentimos ofendidos, nossa tendência é aumentar o que de fato aconteceu.

Acrescentamos os nossos sentimentos e tudo toma um volume muito maior.

*Segunda* – tente entender o que ocasionou a ofensa. Por vezes, somos nós mesmos os promotores dela, por algo que tenhamos dito ou feito.

Mesmo que não tenha sido nossa intenção ferir a outro, a forma como dizemos ou uma atitude que tomemos em um momento delicado, pode levar a criatura a reagir mal, agredindo.

*Terceira* - focalize a natureza humana do agressor, não só a sua atitude. Pense em que nós mesmos, no trato pessoal, em momentos de estresse, de cansaço, dizemos coisas que constituem mais um desabafo. Assim pode ocorrer com o outro, porque na Terra somos todos ainda seres muito imperfeitos.

*Quarta* – perdoe apenas para si mesmo. Ninguém mais. Perdoe em seu coração. Não é indispensável que você comunique o fato ao agressor.

Enfim, *lembre que perdoar de forma alguma significa que você concorda com a ofensa.* Muito menos que você deve permitir que o tratem injustamente.


*A sabedoria de Jesus recomendou, há mais de dois mil anos:  Amai os vossos inimigos. Fazei o bem aos que vos odeiam. Orai pelos que vos perseguem e caluniam.* Perdoai aos homens as faltas que cometerem contra vós.

*E acentuou que nunca se deveria guardar mágoa.*

Se, num momento de oferenda de nosso coração ao Pai, nos lembrássemos de que alguém tem algo contra nós, prescreveu Jesus que deveríamos, antes, nos reconciliar com o adversário.

*O Mestre do amor e da sensibilidade sabia porque dizia essas coisas.*

Os estudiosos de hoje estão provando que Ele tinha toda a razão.

 

(Momento Espírita)



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