segunda-feira, 29 de abril de 2019
Adoração a Deus
Em seu Evangelho, o Apóstolo João relata, com sentimento e poesia, o encontro de Jesus com a mulher samaritana.
No longo diálogo, percebe-se que Jesus conhece a intimidade daquela alma sofredora e perturbada, enquanto ela mesma somente aos poucos vai se dando conta da condição de Jesus, à medida que ouve suas palavras.
Acredita-o um profeta. Mas Israel tinha tantos profetas.
No desdobramento das falas, o Mestre lhe informa acerca da verdadeira adoração ao Criador, que dispensa lugares geográficos, mas que busca o íntimo das criaturas.
A mulher ouve e entende, mas não consegue perceber a autoridade naquelas palavras.
É como se ela pensasse: O que tu me dizes é interessante, é importante mesmo, mas aguardo o Messias, o Cristo, que virá, e, quando Ele vier, nos anunciará todas as coisas.
* * *
Muitos de nós somos como a samaritana. Guardamos as palavras de Jesus na memória, sem lhe darmos o verdadeiro crédito, como à espera de uma confirmação.
Contudo, os ensinos de Jesus seguem claros e disponíveis a todos os que os queiram entender em espírito e verdade.
Para o Cristo, a adoração ao Pai não é importante se dê aqui ou ali, em algum templo luxuoso, em lugar minúsculo ou em plena natureza.
Em síntese, a alma humana também compõe a natureza, e é a alma humana a que tem condições de pensar em Deus.
Por isso mesmo, não há lugar mais apropriado para a adoração ao Criador do que a intimidade do ser.
Para adorar a Deus não há necessidade de nada material: nem símbolos, nem flores, nem velas, cânticos ou palavras. Nem mesmo posturas especiais.
Basta o coração que sente e a mente que pensa, fechando o circuito entre a criatura e o Criador.
* * *
Porque a samaritana esperasse a chegada do Messias, para tudo confirmar, o Mestre apresentou-se a ela não como mais um profeta de Israel, mas como sendo o próprio Messias esperado com tanta ansiedade: Eu o sou, Eu que falo contigo.
Especial momento aquele, de insuperável sublimidade.
Jesus é assim mesmo: o Caminho da Verdadeira Vida.
Quando nos demoramos em dúvidas, ou quando damos passos indecisos, Ele se mostra de diversas maneiras, em nossas existências, afirmando-se o Cristo de Deus, o Messias.
Eu o sou, Eu que falo contigo.
E os que temos ouvidos de ouvir, podemos perceber-lhe a voz terna, assegurando-nos o constante ensino.
Você sabia?
...que o episódio de Jesus com a samaritana, ocorreu num mês de dezembro ou janeiro?
No Seu diálogo, Jesus selou o ensino acerca da verdadeira adoração ao Pai com estas palavras: Virá a hora em que adorareis ao pai, não neste monte, nem em Jerusalém, mas em espírito e verdade, pois Deus é espírito e os que o adoram, em espírito e verdade é que devem adorá-lo.
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