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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Repórteres do Bem

Durante um mês inteiro povos de todo o mundo se reuniram na Rússia para torcer por suas respectivas representações nacionais.
Nesse intercâmbio cultural, alguns fatos não muito positivos, envolvendo brasileiros, ocuparam a mídia.
No entanto, importante se comente a respeito de outros fatos, envolvendo nossos conterrâneos, e dos quais, talvez, poucos tenhamos tomado conhecimento.
Em Samara, local onde nossos jogadores enfrentaram a equipe mexicana, brasileiros, na véspera da partida, visitaram um hospital público.
Os doutores da alegria, de verde e amarelo, levaram presentes às crianças, que recebiam medicamentos e passavam por sessões de quimioterapia.
Eram óculos de palhaços, balões e bandeiras do Brasil.
Interagindo com elas, gritaram em coro os seus nomes, como se estivessem escalando um time de futebol, prática comum das torcidas nos estádios.
Algumas delas até arriscaram uma partida de futebol com os brasileiros, chutando bolas infláveis.
E, em Rostov-on-Don, onde o Brasil, no gramado, enfrentou a Suíça, os rostos entristecidos do russo Gleb Obodovsky e sua esposa chamaram a atenção de dois brasileiros.
Eles se aproximaram e o russo pensou que quisessem perguntar alguma coisa.
Engano seu. Um deles tirou pedaços de papel do bolso. Panfletos – pensou Gleb. Outro engano seu.
O brasileiro esticou os braços e lhe entregou os papéis, enquanto explicava: Estes são ingressos de amigos que não puderam vir à Rússia.
O jovem esposo, de apenas vinte e sete anos, ficou estático. A esposa não conseguia entender a conversa, porque tem limitações com o idioma inglês.
No entanto, logo ela descobriu que estavam sendo presenteados com ingressos, dada a expressão de surpresa e alegria do marido.
Para registrar o fato de tanto contentamento, eles tiraram uma foto com seus benfeitores. E prometeram torcer pelo sucesso do Brasil no torneio.
Fatos acontecem aqui e ali. Pessoas que promovem o bem, sem outra intenção senão beneficiar outras.
Como disse um dos doutores da alegria ao repórter da BBC Brasil: Fizemos de coração. Fizemos com amor. Não se trata de marketing.
*   *   *
Se os maus ficam tão em evidência é porque temos noticiado muito mais os seus atos maldosos do que os tantos felizes e benéficos realizados pelos bons.
Uma nota que envergonha o país viraliza na internet, em minutos.
É preciso que aprendamos a exaltar o bem, divulgar o bem, falar a respeito do bem que tantos anônimos realizam neste imenso mundo de Deus.
Sobretudo nestes tempos em que tantas coisas ruins têm sido mostradas pelas mídias, proponhamo-nos a mostrar o que é bom, edificante, nobre.
Aproveitemos para enviar mensagens de otimismo, para comentar o sucesso dos jovens que são aprovados em concursos nacionais e internacionais.
Comentemos o filme que traz uma lição altruísta, de superação.
Destoemos do comum. Sejamos promotores das boas notícias.
Não permitamos que sejam abafadas pelas manchetes sensacionalistas que trazem as cores da violência, da corrupção, da maldade.
Tornemo-nos repórteres de tudo que é positivo, honesto, honrado.
O nosso país precisa disso. O mundo inteiro precisa dessa ação.
Redação do Momento Espírita, com base no artigoExemplos brasileiros,  de Cássio Leonardo Carrara,
da 
Revista Internacional  de Espiritismo, de agosto 2018,
ed. O CLARIM.

Em 16.11.2018.

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