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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

O hábito salutar do trabalho

O hábito salutar do trabalho



É comum nos perguntarmos porque precisamos trabalhar para atender as necessidades da vida material.

Alguns questionamos quem teve a ideia de inventar o trabalho. Não poderia ser tudo diferente, mais fácil?

No entanto, mesmo que não gostemos de trabalhar, ou que fiquemos nos indagando por que precisamos trabalhar tanto, devemos compreender que o trabalho é uma das bem-aventuradas leis de Deus.

Recordamos que o Cristo, quando entre nós, afirmou que o Pai Celestial trabalhava sempre, e que Ele trabalhava também.

Dessa forma, testificou a grandeza e o valor do trabalho.

Assim, longe de ser um ato lamentável ou algo doloroso, é uma das grandes oportunidades para que nos desenvolvamos e nos aproximemos do senhor dos mundos.

Considerando que toda ocupação útil é trabalho, verificamos que, na Terra, temos diversos tipos de trabalho.

Temos o trabalho de iluminação intelectual, que impõe vontade e disciplina, regularidade e disposição para ser realizado.

É preciso estudar, pesquisar, investir horas para alimentarmos o nosso intelecto.

Temos o trabalho de renovação do universo cultural, que exige amadurecimento e sensibilidade, a fim de que a alma se assenhoreie desses valores.

E desse universo fazem parte as artes plásticas, a música, a dança, o teatro, a literatura.

Temos o trabalho no solo, onde se desatam as folhas verdes e os grãos, que precisam de quem conheça o ofício de adubar, de podar e de regar, para que não se mutile o vegetal.

Temos o trabalho de lavrar a madeira ou o ferro, com ancinhos e formões, serrotes e martelos, com forjas, bigornas e tornos, o que exige prudência e imaginação, para que se leve a cabo a empreitada.

Temos o trabalho de projetar, calcular e construir a morada humana, por meio da criatividade da arquitetura, da lucidez do cálculo, o que somente se consegue após longos anos de bancos escolares, de experiências com combinações e traçados dos materiais.

Também necessidade da força muscular, exigindo de toda a massa orgânica esforço e empreendimento.

O trabalho realizado no mundo, portanto, se apresenta como recurso indispensável para que possamos conquistar tanto os valores da teoria quanto os dotes experimentais.

Se entendermos o trabalho somente como fonte de ganhos e de lucros, não extrairemos dele tudo que nos pode oferecer.

Precisamos ver nele a oportunidade de iluminar a mente e fazer crescer a alma.

Também a possibilidade de fortalecer a musculatura e honrar a existência, dando-lhe significado.

É, igualmente, uma forma feliz de prestarmos serviço ao semelhante.

Por tudo isso, devemos nos lançar no aprimoramento da alma e do corpo, por meio do trabalho, ou seja, por qualquer ação de utilidade que venhamos a desenvolver na Terra.

Adotemos, pois, os bons costumes de gostar de ler, de estudar, de tocar um instrumento, de desenvolver ciências e artes.

Há tanto para aprender, tanto para saber.

E, seja qual for a luta a enfrentar na Terra, não deixemos de desenvolver, em nós e em redor de nós, o hábito salutar de servir por meio do trabalho que possamos realizar.

Trabalhar sempre deve ser a nossa meta, a fim de que nos aproximemos da grandeza do nosso Pai Criador.

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