Pato ou Águia?
Você decide.
Eu estava no aeroporto quando um taxista se aproximou.
A primeira coisa que notei no táxi foi uma frase, logo li:
- Pato ou Águia? Você decide.
A segunda coisa que notei foi um táxi limpo e brilhante, o motorista bem vestido, camisa branca e calças bem passadas, com gravata.
O taxista saiu, me abriu a porta e disse:
"Eu sou João, seu chofer. Enquanto guardo sua bagagem, gostaria que o senhor lesse neste cartão qual é a minha missão.
" No cartão estava escrito: Missão de João - Levar meus clientes a seu destino de forma rápida, segura e econômica, oferecendo um ambiente amigável.
Fiquei impressionado.
O interior do táxi estava igualmente limpo.
João me perguntou:
"O sr. aceita um café?" Brincando com ele eu disse: "Não, eu prefiro um suco". Imediatamente ele respondeu:
"sem problema.
Eu tenho uma térmica com suco normal e também diet, bem como água" também me disse:
"Se desejar ler, tenho o jornal de hoje e também algumas revistas."
Ao começar a corrida João me disse:m
"Essas são as estações de rádio que tenho e esse é o repertórios que elas tocam." Como se já não fosse muito, o João ainda me perguntou se a temperatura do ar condicionado estava boa.
Daí me avisou qual era a melhor rota para meu destino e se eu queria conversar com ele ou se preferia que eu não fosse interrompido.
Eu perguntei:
"Você sempre atende seus clientes assim?" "Não", ele respondeu.
"Não sempre. Somente nos últimos dois anos. Meus primeiros anos como taxista passei a maior parte do tempo me queixando igual aos demais taxistas.
Um dia ouvi um doutor especialista em desenvolvimento pessoal. Ele escreveu um livro chamado Quem você é faz a diferença. Ele dizia: Se você levanta pela manhã esperando ter um péssimo dia, certamente o terá.
Não seja um PATO!
Seja uma ÁGUIA !
Os patos só fazem barulho e se queixam, as águias se elevam acima do grupo. Eu estava todo o tempo fazendo barulho e me queixando.
Então decidi mudar minhas atitudes e ser uma águia. Olhei os outros táxis e motoristas.
Os táxis sujos, os motoristas pouco amigáveis e os clientes insatisfeitos.
Decidi fazer umas mudanças. Como meus clientes responderam bem, fiz mais algumas mudanças.
No meu primeiro ano como águia, dupliquei meu faturamento. Este ano, já quadrupliquei.
O senhor teve sorte de tomar meu táxi hoje. Já não estou mais na parada de táxis. Meus clientes fazem reserva pelo meu celular ou mandam mensagem. Se não posso atender, consigo um amigo taxista "águia" confiável para fazer o serviço."
João era diferente . Oferecia um serviço de limusine em um táxi normal. João, o taxista, decidiu deixar de fazer ruído e queixar-se como fazem os patos e passou a voar por sobre o grupo, como fazem as águias.
Não importa se você trabalha em um escritório, com manutenção, professor, servidor público, político, executivo, empregado ou profissional liberal ou taxista!
Como você se comporta? Se dedica a fazer barulho e se queixar? Ou está se elevando acima dos demais?
Lembre: A DECISÃO É SUA
Essa chave só abre pelo lado de dentro!
E CADA VEZ VOCÊ TEM MENOS TEMPO PARA MUDAR!
Este ano não terá nada de novo se nós não tivermos *atitudes novas!*
Que possamos ser *melhores pais,* *melhores maridos* *melhores esposas, melhores mães, melhores filhos, melhores cristãos*!
Que não venhamos a *repetir os erros* do passado!
Que possamos *abraçar mais, elogiar mais, agradecer mais*!
Que *Jesus* possa nos dar a sabedoria necessária, para podermos ser *Águias*, fazendo grandes vôos e vivermos num mundo melhor e de muita paz!!!.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
A lição do Carvalho
A lição do carvalho
Era um velho carvalho no meio de uma grande floresta. Há alguns anos, uma enorme tempestade o deixara quebrado e feio. Jamais conseguira se reerguer, como as demais árvores.
Quando a primavera chegava, o adornava de flores novas e verdes e o outono tomava o cuidado de pintá-las todas de cor avermelhada.
Mas os ventos inclementes sopravam e levavam todas as folhas e nada mais podia disfarçar a sua feiura.
A árvore foi se sentindo esquecida, abandonada, sem utilidade.
E um enorme vazio tomou conta dela.
Quando o vento do outono passou por ali, ela se lamentou:Ninguém mais me quer. Não sirvo para nada. Sou um velho inútil.
Mais alguns dias se passaram e, na proximidade do inverno, um pica-pau sentou-se em seu tronco e começou a bicá-lo, de forma insistente.
Tanto bicou que conseguiu fazer um pequeno furo, uma portinha de entrada para sua residência de inverno, no tronco oco do carvalho.
Arrumou tudo com muito bom gosto. Aliás, estava praticamente tudo arrumado. As paredes eram quentinhas, aconchegantes e havia muitos bichinhos que poderiam alimentá-lo e aos seus filhotes.
Como estou feliz em ter encontrado esta árvore oca! Ela será a salvação para mim e minha família no frio que se aproxima.
Pouco tempo depois, um esquilo aproximou-se e ficou correndo pelo tronco envelhecido, até achar um buraco redondo, que seria a janelinha da sua casa.
Forrou por dentro com musgo e arrumou pilhas e pilhas de nozes que o deveriam alimentar durante toda a estação de ventos gelados.
Como estou agradecido, falou o esquilo, por ter encontrado esta árvore oca.
O carvalho passou a sentir umas coisas estranhas. As asas dos passarinhos roçando em sua intimidade, o coração alegre do esquilo, suas patas miúdas apalpando o tronco diariamente fizeram com que se sentisse feliz.
Seus ramos passaram a cantar felicidade. Quando chegou a época das chuvas, deixou-se molhar, permitindo que as gotas escorressem por seus galhos, lentamente.
Aceitou a neve que o envolveu em seu manto por muitas semanas, agradeceu os raios do sol e a luz das estrelas.
Tudo era motivo de felicidade. A velha árvore redescobrira a alegria de servir.
* * *
Ninguém há que nada possua para dar. Ninguém existe que não possa fazer algo
a benefício do seu irmão. Um sorriso, uma prece, um gesto, um abraço, um agasalho, um pão.
Há tanto que se fazer na Terra. Existem tantos aguardando a cota do nosso gesto de ternura. Ninguém inútil ou desprezível. Cabe-nos redescobrir a riqueza que em nós existe e distribui-la a quem dela necessite ou espere.
* * *
Se nos sentirmos solitários, em meio às dificuldades que nos alcancem, aprendamos a estender sorrisos nos caminhos por onde passarmos.
Antes de nos amargurarmos e cobrar gestos de carinho de amigos e parentes, antecipemo-nos e doemos a nossa cota de amor, ainda hoje, permitindo-nos usufruir da alegria de dar e dar-se.
domingo, 17 de fevereiro de 2019
Acalma teus anseios
*Acalma teus anseios*
Acalma os anseios de mudanças constantes.
Deus te colocou no melhor lugar para o teu progresso moral e espiritual.
O lar que tens, o traballho em que te encontras, a cidade onde resides são oportunidades de treinamento para a tua evolução.
Pedra que não rola não cria limo - afirma o ditado popular.
Quem sempre está de mudança não amadurece, nem realiza bem coisa alguma.
Cumpre a tarefa onde estejas, e, no momento próprio, após acurada meditação, toma o teu rumo definitivo.
*Divaldo Pereira Franco - pelo espírito Joanna de Ângelis*
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
O hábito salutar do trabalho
O hábito salutar do trabalho
É comum nos perguntarmos porque precisamos trabalhar para atender as necessidades da vida material.
Alguns questionamos quem teve a ideia de inventar o trabalho. Não poderia ser tudo diferente, mais fácil?
No entanto, mesmo que não gostemos de trabalhar, ou que fiquemos nos indagando por que precisamos trabalhar tanto, devemos compreender que o trabalho é uma das bem-aventuradas leis de Deus.
Recordamos que o Cristo, quando entre nós, afirmou que o Pai Celestial trabalhava sempre, e que Ele trabalhava também.
Dessa forma, testificou a grandeza e o valor do trabalho.
Assim, longe de ser um ato lamentável ou algo doloroso, é uma das grandes oportunidades para que nos desenvolvamos e nos aproximemos do senhor dos mundos.
Considerando que toda ocupação útil é trabalho, verificamos que, na Terra, temos diversos tipos de trabalho.
Temos o trabalho de iluminação intelectual, que impõe vontade e disciplina, regularidade e disposição para ser realizado.
É preciso estudar, pesquisar, investir horas para alimentarmos o nosso intelecto.
Temos o trabalho de renovação do universo cultural, que exige amadurecimento e sensibilidade, a fim de que a alma se assenhoreie desses valores.
E desse universo fazem parte as artes plásticas, a música, a dança, o teatro, a literatura.
Temos o trabalho no solo, onde se desatam as folhas verdes e os grãos, que precisam de quem conheça o ofício de adubar, de podar e de regar, para que não se mutile o vegetal.
Temos o trabalho de lavrar a madeira ou o ferro, com ancinhos e formões, serrotes e martelos, com forjas, bigornas e tornos, o que exige prudência e imaginação, para que se leve a cabo a empreitada.
Temos o trabalho de projetar, calcular e construir a morada humana, por meio da criatividade da arquitetura, da lucidez do cálculo, o que somente se consegue após longos anos de bancos escolares, de experiências com combinações e traçados dos materiais.
Também necessidade da força muscular, exigindo de toda a massa orgânica esforço e empreendimento.
O trabalho realizado no mundo, portanto, se apresenta como recurso indispensável para que possamos conquistar tanto os valores da teoria quanto os dotes experimentais.
Se entendermos o trabalho somente como fonte de ganhos e de lucros, não extrairemos dele tudo que nos pode oferecer.
Precisamos ver nele a oportunidade de iluminar a mente e fazer crescer a alma.
Também a possibilidade de fortalecer a musculatura e honrar a existência, dando-lhe significado.
É, igualmente, uma forma feliz de prestarmos serviço ao semelhante.
Por tudo isso, devemos nos lançar no aprimoramento da alma e do corpo, por meio do trabalho, ou seja, por qualquer ação de utilidade que venhamos a desenvolver na Terra.
Adotemos, pois, os bons costumes de gostar de ler, de estudar, de tocar um instrumento, de desenvolver ciências e artes.
Há tanto para aprender, tanto para saber.
E, seja qual for a luta a enfrentar na Terra, não deixemos de desenvolver, em nós e em redor de nós, o hábito salutar de servir por meio do trabalho que possamos realizar.
Trabalhar sempre deve ser a nossa meta, a fim de que nos aproximemos da grandeza do nosso Pai Criador.
Acontecimentos imprevistos
Acontecimentos imprevistos
Enquanto a barca da vida navega em águas tranquilas, tudo se reveste de alegria de viver.
Existem alguns períodos que afirmamos viver em verdadeiro paraíso, sem maiores preocupações.
No entanto, por vezes, quando tudo transcorre normalmente, quando temos metas pessoais e familiares assinaladas para o futuro, somos surpreendidos pela desencarnação de um ser querido.
Então, repentinamente, o que eram risos e contentamento se transformam em soledade e amargura.
Planos se tornam sem sentido. Os dias se reprisam tristes e sombrios.
Em outras ocasiões, os negócios que funcionavam em ordem sofrem alteração. A empresa muito bem estruturada entra em declínio, se decompõe ao ponto de fechar as suas portas.
Em outros momentos, a saúde que nos felicita é substituída por enfermidades degenerativas ou simplesmente vigorosas.
E o trabalho, o estudo, os passeios devem ser intercalados com idas e vindas a médicos, clínicas, hospitais, laboratórios, enquanto as forças vão nos abandonando.
A vida afetiva, que nos parecia equilibrada, de repente, apresenta conflitos e transtornos emocionais nos sacodem, ferindo a alegria e perturbando os sentimentos.
Inesperadamente, somos surpreendidos por ocorrências imprevistas. Tomados de surpresa e desencanto, chegamos a nos acreditar desamparados e sem o socorro da Divina Providência.
* * *
Dias de alegria. Dias de tristeza, dias de felicidade, dias de luto e dor.
Assim é a vida na Terra, escola que tem por objetivo o progresso intelecto-moral de todos os que nos encontramos dela usufruindo.
Já nos disse o Cristo: No mundo tereis aflições. E são essas que nos alcançam, invariavelmente.
São sucessos imprevistos que objetivam nos convocar para a reflexão a respeito da transitoriedade do corpo e a temporalidade das coisas.
Eles fazem parte do programa de nossa própria iluminação e ninguém se encontra a salvo dessas ocorrências.
Isso porque, enquanto alguns fatos nos desejam chamar a atenção para a realidade da nossa essência espiritual, outros dizem de resgates que nos competem.
De toda forma, ambos proporcionam recursos de transformação moral.
O que nos cabe é exercitar o desapego de tudo quanto nos tente reter na retaguarda.
É começarmos a nos libertar das questões meramente materiais.
É treinar a simplicidade de coração e a fraternidade legítima. Repartir com o próximo tudo quanto tenhamos em excesso e que nosso egoísmo retém, como um mecanismo de precaução para o futuro.
Apego exagerado a coisas ou a pessoas é sempre prejudicial.
Assim, amemos as pessoas, com equilíbrio, desfrutando das suas presenças, enquanto a Divindade no-lo permite.
Esperemos da existência todos os tipos de acontecimentos, não nos deixando surpreender, especialmente pelos que nos desconcertam.
Pensemos nos infortúnios desses acontecimentos imprevistos que nos cheguem como uma convocação a reflexões e eventuais mudanças de conduta para melhor.
Tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir para percebermos esses convites que a vida nos oferece e os atendamos, da melhor forma possível.
Pensemos a respeito.
Um Rei sem igual
Um Rei sem igual
Ninguém que O igualasse em grandeza.
Ninguém que tivesse o Seu nascimento anunciado, séculos antes, por diferentes pessoas. Anúncios que desciam a detalhes de Sua concepção, nascimento, lutas, paixão e morte.
Ninguém, por mais nobre fosse a Sua descendência, teve um astro especial fulgurando nos céus, para Lhe anunciar a chegada ao planeta.
Astro brilhante, diferente, que serviu de aviso a magos de várias partes do Oriente, que entenderam a mensagem e saíram, em caravana, a procurá-lO.
Ninguém, como Ele, teve a notícia do Seu nascimento espalhada pelos campos por um coro de vozes celestes.
Ninguém, como Ele, teve um mensageiro pleno de luz para anunciar que Ele nascera, onde se encontrava e que o Seu nascimento assinalava um momento de extrema alegria para o mundo.
Nenhuma personalidade, por mais tenha sido grande ou sábia, conseguiu dividir a História entre antes e depois de si mesma.
Ninguém tão perseguido, desde a mais tenra infância, precisando exilar-se, em terras estrangeiras, distantes, vivendo ali os primeiros anos.
Ninguém teve um pai tão generoso e dedicado, disposto a se levantar em plena madrugada, ante uma advertência de um mensageiro celeste, recolher poucos pertences e fugir, a fim de salvá-lO.
Um pai de tal forma atencioso àquela vida nascente que não temeu viver entre estrangeiros, longe de sua própria gente e das suas origens. Tudo para salvaguardar-Lhe a vida preciosa.
Um pai que, sabendo-O maior que todos os seres viventes, não deixou de Lhe apontar os versículos da Torá, tanto quanto lhe ensinar o próprio ofício, conforme as tradições.
Ninguém teve a vida assinalada por tantos fenômenos espirituais, demonstrando a atenção especial de que era objeto, pela grandeza excepcional da Sua missão.
Ninguém como Ele teve um precursor a Lhe anunciar a chegada, a grandeza e os feitos que haveria de realizar.
Um Homem que não temia os maus, que tinha plena consciência de que era o arauto, aquele que deveria preparar os caminhos.
Que sabia que quando o Anunciado chegasse, ele deveria se apequenar e desaparecer do cenário, porque estava cumprida a sua missão.
Ninguém, como Ele, embora tão grande, soube se ocultar entre as carnes comuns a todos os humanos.
Ninguém como Ele, Luz do Mundo, soube disfarçar o próprio brilho, a fim de não ofuscar aos demais.
Ninguém produziu tanto em tão restrito tempo: menos de três anos.
Em uma época de escravidão humana, de subjugação de povos, de poder temporal reinante, Ele estabeleceu um código revolucionário: amar o inimigo, fazer o bem ao perseguidor, ser manso e humilde de coração.
Ninguém foi mais forte do que Ele, na demonstração da Verdade, sem discursos bombásticos ou frases de efeito.
Bastou-Lhe o silêncio ante a indagação de quem se acreditava a máxima autoridade, com poder de vida e morte sobre as criaturas.
Seu nome era Jesus. Nenhum nome mais doce, ou mais sublime. Yeshua, o filho do carpinteiro José.
Jesus, o Rei Solar, nosso Governador Planetário.
Estranho versículo
Estranho versículo
Era uma noite fria na cidade de Chicago. O garotinho vendia jornais na esquina. Mas o frio era tanto que as pessoas passavam quase correndo, buscando as suas casas e nem paravam para comprar o jornal.
Por isso, o menino se aproximou de um policial e perguntou se ele lhe poderia arrumar um lugar quente para dormir, naquela noite. Estava muito frio para dormir na caixa de papelão no beco, como sempre.
O policial olhou para ele e falou:
Desça a rua até encontrar uma casa branca. Bata na porta e quando alguém vier abrir, diga: João 3:16.
O menino obedeceu e, quando uma senhora simpática atendeu, ele falou: João 3:16.
Ela o recolheu e o levou para se sentar em uma poltrona, próximo da lareira.
Ele pensou: Não sei o que quer dizer João 3:16, mas com certeza é uma coisa boa porque aquece um menino numa noite fria.
Mais tarde, a senhora o levou para a cozinha e lhe ofereceu farta comida. Enquanto se alimentava, o pequeno pensou:
Não estou entendendo, mas o que é certo é que João 3:16 sacia a fome de um menino.
Depois, ela o levou até o banheiro e ele mergulhou em uma banheira cheia de água quente.
Ainda molhado, ele pensou: João 3:16. Com certeza eu não entendi. Mas isso faz um menino sujo ficar limpo. Que me lembre, o único banho de verdade que tomei foi quando fiquei em frente a um hidrante de incêndio, que esguichava água fria.
A senhora o levou até o quarto e o colocou em uma grande cama e o cobriu com um cobertor macio. Deu-lhe um beijo de boa noite e apagou as luzes.
No escuro do quarto, ele olhou pela janela e observou a neve caindo lá fora.
Na manhã seguinte, a senhora o despertou e lhe ofereceu um delicioso café. Depois o levou para a mesma poltrona em frente à lareira, apanhou o Evangelho e perguntou:
Você entendeu João 3:16?
Não, senhora. Quem me disse para lhe falar isso foi um policial, ontem à noite.
Ela abriu o Evangelho de João e leu o versículo dezesseis do capítulo três: Porque Deus amou tanto o mundo, que deu seu único filho. E aquele que acredita nele não morrerá, mas terá vida eterna.
E a boa senhora lhe falou a respeito de Jesus e do Seu grande amor para com todos os homens.
O garoto continuou sentado, ouvindo e ouvindo. Finalmente, falou: Senhora, tenho que lhe dizer. Ainda não consigo entender como Jesus concordou em vir à Terra e sofrer tudo o que sofreu, para nos ensinar o amor.
Mas uma coisa eu entendi muito bem. Tudo isso faz a vida valer a pena.
* * *
Jesus é o nosso Norte, nosso Roteiro.
Os que O seguem, são identificados na Terra pela sua postura perante a vida. Onde quer que se encontrem, semeiam.
E as suas sementes são luz nas estradas das vidas cheias de dores.
Na esteira dos seus passos, brilham estrelas que se acendem na noite dos tempos. Anonimamente, servem ao próximo, doando pão a bocas famintas, agasalho aos que padecem frio, esperança àqueles que perderam a fé na vida.
Como uma Via Láctea iluminada, apontam o caminho de estrelas na direção do Cristo que, hoje e sempre, é o Amor Incondicional que a todos ama.
Mensagem para o amanhã
Mensagem para o amanhã
Quem observa esses frágeis seres que abrem seus olhinhos curiosos para o cenário do mundo, logo percebe como eles dependem dos adultos.
Bebês, pequeninos, com o aroma da inocência aureolando suas ações, andam na Terra em busca de carinho. Parecem aves implumes, tal sua delicadeza e fragilidade.
Às vezes, as vemos colocando suas mãozinhas nas pernas dos adultos, batendo de leve com seus dedinhos miúdos, erguendo os bracinhos a dizer sem palavras: Quero colo.
As crianças expressam assim seu desejo de serem carregadas. Desejo que às vezes é repelido com expressões grosseiras como: Não pego no colo, não. Vai andar! Quis vir junto, agora ande. Do contrário, poderia ter ficado em casa.
Isso cai sobre a cabecinha da criança como uma bomba. Não percebem, os que assim agem, que o pequeno tem menos resistência.
Dirão que a criança pula, corre, e brinca o dia todo, que, se tem energia para brincadeira, também deverá ter para andar.
Ora, na brincadeira a criança tem a recompensa do prazer. Ela brinca até cansar e ao se sentir exausta, para.
Até mesmo o bebê de poucos meses parece, por vezes desligar. É o período de calmaria, de repouso que ele busca.
A caminhada contínua, onde não lhe é permitido parar para observar o cachorro que late, o brinquedo colorido na vitrine, o movimento das pessoas que circulam rápido, faz com que ela se canse com maior rapidez.
Sem falar que, normalmente, os adultos esquecem que os pequenos estão juntos, e andam a passo acelerado, obrigando-os a quase correr para os acompanhar.
Outra situação que se repete com constância é a de crianças, no seu período de imitação, desejarem ser a cabeleireira da mãe.
Munidas de escova e pente, elas tentam criar o penteado que sua mente cataloga como maravilhoso. O que conseguem, em verdade, é despentear.
Mas elas insistem, põem a ponta da linguinha para fora da boca, demonstrando esforço, e alisam os cabelos com suas mãos. Satisfeitas, exclamam: Pronto.
Quantas vezes todo esse cuidado é repelido com as desculpas de: Vai estragar o meu penteado. Ou: Não tenho tempo para perder.
Atitudes dessa natureza, repetidas, terminam por passar para a criança que o sofrimento do outro, como o seu cansaço, não importa. O lema é: Cada um por si.
Não nos admiremos se, no futuro, nos depararmos com adolescentes frios e adultos indiferentes.
Pessoas que pensarão somente no seu bem-estar, no seu conforto, não se importando com a família, amigos ou colegas.
Nas relações humanas, como tudo na vida, a questão é de aprendizado e de semeadura.
* * *
Até aos sete anos de idade a criança é mais suscetível às mensagens que recebe dos adultos.
A educação integral compreende, não somente o comportamento social, as boas maneiras, a conduta reta, mas também a questão afetiva, emocional e espiritual.
Assim, não desprezemos as carícias da criança. Dia virá, quando os anos se forem, que ansiaremos por quem se aproxime de nós e nos acaricie os poucos cabelos brancos.
Alguém que disponha de seu tempo para colocar sua cabeça junto da nossa e diga: Como vai minha velhinha, hoje?
Está cansada? Quer um carinho?
O segundo casamento
O segundo casamento
Ele concluíra o curso de contabilidade. Então, a vontade de ser médico, de fazer algo mais pelo semelhante, o levou a entrar para a Faculdade de Medicina.
E foi ali que, um dia, ele viu uma jovem morena, que lhe chamou a atenção. Ela parecia ser do Nordeste, e tinha um jeitinho de japonesa.
Enfim, alguém que lhe fez bater o coração de forma diferente.
O tempo foi passando. Ele descobriu o nome dela, falou com seus colegas ou seja, foi chegando devagar, mas com certeza.
Em julho de 1970, ele fez o que considerou a sua mais importante aquisição: um par de alianças. Também uma geladeira, já pensando no futuro próximo.
E naquele mesmo ano, antes mesmo dela terminar o curso, se casaram. Isso permitiu que ao conquistar o diploma ostentasse o sobrenome de casada.
Foram anos maravilhosos. Vieram os filhos, somaram-se genros, noras e netos.
As alegrias foram se sucedendo. De vez em quando, uma surpresa, um pequeno susto. Uma cirurgia cardíaca, um problema de saúde adiante.
Quando 2018 quase estava para se despedir, foi que o inusitado aconteceu.
O casal viajou para outro Estado, na casa de um dos filhos, para a comemoração do primeiro aniversário de mais uma netinha.
Foi quando Laertes se deu conta de que estava casado há cinquenta anos. Meio século.
Que coisa incrível. Como o tempo passara. Parecia-lhe que ontem ainda estava propondo casamento para Célia. E, agora, eram avós.
Ele pensou que precisava tomar uma atitude. Cinquenta anos é um bocado de tempo. Teve uma ideia brilhante. Sem nada confidenciar a ninguém, foi comprar um par de alianças, mandou gravar os nomes.
Então, em plena festa de aniversário da menina, com a presença dos familiares, amigos, conhecidos, ele fez o inesperado.
Sentados um de frente ao outro, em alto e bom som, ele perguntou para a esposa:
Célia, você quer casar comigo?
Ela ficou surpresa. Olhou para os filhos, os netos, todos que no salão haviam parado para contemplar a cena.
Foram alguns segundos de silêncio quase constrangedor. O coração dele parecia saltar do peito.
Finalmente, ela sorriu e estendeu a mão esquerda. E, com o mesmo nervosismo de cinquenta anos atrás, Laertes colocou-lhe no dedo a aliança de ouro reluzente.
Ela repetiu o gesto dele, rindo, feliz. Um sorriso, como disse ele, jamais visto tão iluminado.
E, ante o aplauso dos presentes, eles se beijaram.
Foi assim que eles se casaram pela segunda vez.
* * *
Em tempos nos quais os relacionamentos adquiriram foro de rapidez, desfazendo-se pela manhã o prometido da véspera, contemplar um matrimônio de meio século é emocionante.
Emocionante por se verificar uma vida rica, plena, uma vida construída e alicerçada no tempo.
Uma vida de tantos frutos. Uma família. Que belo exemplo a seguir.
E o seguem os filhos, um a um, pois para cada um deles, já se somam igualmente anos de consórcio com a multiplicação dos filhos.
Isso se chama amor. Amor que não arrefece porque alguns arabescos estão enfeitando a face do outro. Ou porque o cônjuge tem alguns problemas de saúde.
Ou porque o passo se tornou mais lento e a memória prodigiosa empalideceu.
Amor. Sublime amor, que mantém apertados os laços e enfloresce, no transcorrer dos anos.
Mais uma das cores da caridade
Mais uma das cores da caridade
A caridade possui muitas cores.
Semelhante a uma luz branca que passa por um prisma, ao passar pela polarização da vida na Terra, ela se decompõe numa infinidade de colorações belíssimas.
Eis uma dessas cores.
Uma autoestima elevada é capaz de nos fazer ganhar o céu, mesmo estando ainda sofrendo a gravidade da Terra.
Certo escritor narra uma experiência singular que viveu numa agência dos correios:
Estava na fila, esperando para registrar uma carta.
Observava o funcionário de registro trabalhando, e o percebia fatigado com sua atividade intensa: pesando envelopes, entregando selos, dando troco, preenchendo recibos...
Assim, disse para mim mesmo: “Vou tentar fazer este rapaz gostar de mim.”
Obviamente, para conseguir, teria que dizer alguma coisa bonita, não sobre mim, mas sobre ele.
Perguntei-me novamente: “O que há sobre ele que eu possa admirar com sinceridade?”
Eis uma pergunta difícil de responder, principalmente quando se trata de estranhos. Mas, neste caso, foi fácil. Instantaneamente, vi algo que admirei.
Enquanto pesava meu envelope, observei com entusiasmo: “Certamente eu desejaria ter a sua cabeleira!”
Ele levantou a vista meio assustado. Sua fisionomia irradiou sorrisos.
“Bem, ela não está tão bem como já foi”, disse modestamente.
Assegurei-lhe que, embora pudesse ter perdido certa quantidade de cabelos, mesmo assim continuava magnífica.
Ficou imensamente satisfeito. Demoramo-nos numa pequena e agradável conversa, e a última coisa que ele me disse foi: “Muitas pessoas têm admirado meus cabelos!”
Aposto que aquele rapaz saiu para almoçar andando à vontade. Aposto que, quando foi para casa, à noite, contou tudo à esposa. Aposto como se olhou no espelho e disse: “É uma bela cabeleira!”
Certa vez, ao narrar este caso em público, ouvi de uma pessoa: “O que o senhor queria conseguir dele?”
Ora, o que eu estava procurando conseguir dele!!!
Será que somos tão desprezivelmente egoístas, que não podemos irradiar uma pequena felicidade e ensejar uma parcela de apreciação sincera, sem procurar obter alguma coisa de outra pessoa como recompensa?
O autor termina dizendo: Sim, eu queria alguma coisa daquele rapaz. Queria alguma coisa que não tinha preço. E consegui.
Consegui a satisfação de fazer alguma coisa por ele, sem que ele necessitasse fazer alguma coisa por mim como retribuição.
Isso significa um sentimento que crescerá e ecoará na memória dele, mesmo muito tempo depois de passado o incidente.
* * *
Quantas formas de desenvolver o amor, de praticar a caridade...
Quando começarmos a perceber, a sentir o prazer intenso, a gratificação suprema de fazer os outros felizes, começaremos a perseguir ardentemente a caridade.
Começaremos a buscá-la incessantemente, em suas mais diferentes cores e tons.
Cada nova descoberta, cada nova cor da caridade vislumbrada, então será motivo de festa, de celebração ao amor, e a Deus.
Com o que tens
Com o que tens
Narram os versículos primeiros do capitulo três de Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento, que Pedro e João subiram ao templo para orar.
Perceberam, ao lado da porta, um coxo de nascimento, que era diariamente trazido, e ali deixado, a fim de esmolar.
Ao ver os dois Apóstolos por ele passarem, fez a sua rogativa. Pedro pôs nele os olhos e lhe disse: Olha para nós.
O homem os olhou com atenção, ficando na expectativa de que eles lhe dessem alguma coisa.
Mas o velho Apóstolo, passando as mãos ao longo da túnica rústica, emocionado, falou: Não tenho prata nem ouro.
Na sequência, distendeu os braços na direção do mendigo e com os olhos marejados de sentidas lágrimas, usou a voz embargada para falar: Mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te, e anda.
Tomou-lhe da mão direita, levantou-o e imediatamente as pernas se consolidaram, os pés se firmaram e o coxo pôs-se a andar, exultando de felicidade.
Meditemos na profundidade da lição. Pensemos em como seria o mundo se todos os homens estivessem resolvidos a dar o que possuem para a edificação do bem geral.
Ainda hoje, muitos dizemos: Como poderei dar se não tenho? E outros: Quando tiver, darei.
Contudo, para o serviço real do bem, não necessitamos em caráter absoluto dos bens perecíveis da Terra.
O homem generoso distribuirá dinheiro e utilidades com os necessitados que encontre pelo caminho.
Entretanto, se não realizou em si mesmo o sentimento do amor, que é sua riqueza legítima, não fixará dentro de si a luz e a alegria que nascem das dádivas.
Todos trazemos conosco as qualidades nobres já conquistadas. Não há ninguém tão pobre que não possa se dar. Dar de si mesmo.
Pedro ofereceu seu amor ao pedinte e lhe devolveu o uso das pernas, o que o retirou, desde então, da condição de mendigo.
Curado, a possibilidade do trabalho e o consequente ganho honrado se lhe abriram.
Também nós podemos dar do que temos, agora, no momento que se faz precioso.
Todos os que esperamos pelo dinheiro, pelas posses, para contribuir nas boas obras, em verdade ainda nos encontramos distantes da possibilidade de ajudar a nós próprios.
Doar-se é servir com desinteresse. Dar das nossas horas, do nosso tempo, das nossas habilidades. Há tanto para dar desde que cada criatura, na Terra, é depositária da enorme fortuna que angariou ao longo dos séculos, nas várias vidas.
Fortuna que não se guarda em cofres ou casas bancárias, mas se aloja na intimidade do coração e na lucidez da mente.
Você sabia?
Você sabia que o discípulo de Jesus que nas listas dos Apóstolos é chamado Pedro chamava-se Simão?
E que ele nasceu em Betsaida mas, que na época do seu encontro com Jesus, morava em Cafarnaum?
Pedro é a forma masculina que em grego significa rocha. Talvez por isso mesmo tenha recebido de Jesus, desde o primeiro encontro, o apelido aramaico de Cefas, que significa rocha.
Após a tempestade
Após a tempestade
Não são muitas as pessoas que reconhecem o valor da mensagem impressa, atribuindo aos livros pouca ou nenhuma importância.
Assim pensam, sem imaginarem o que seria dos ensinos de Jesus se os Evangelistas não os tivessem anotado e entregue à posteridade. E da filosofia de Sócrates, sem os escritos de seu discípulo Platão.
O tempo ter-se-ia encarregado, com certeza, de os diluir nos séculos, eis que todas as histórias que somente vivem na memória das criaturas e são passadas oralmente, de geração a geração, acabam por se tornar lendas, cujo fundo de verdade é bem difícil de ser identificado.
Há algum tempo, uma jovem senhora vivia um drama familiar imenso. O marido a abandonara e ela não dispunha de meios para garantir o sustento dos três filhos menores.
Lesada no afeto e sem vislumbrar melhores perspectivas, resolvera abandonar a vida física. Arquitetou uma estratégia e conseguiu uma substância corrosiva para realizar o seu intento.
Enquanto retornava ao lar, acariciando no bolso a porção fatídica, passou por uma banca de livros espíritas e a capa de um determinado livro lhe chamou a atenção. Aproximou-se, abriu-o e leu alguns títulos.
O atendente, vendo-a devolver o livro à prateleira e fazer o gesto de quem iria se retirar, perguntou-lhe se não desejava levar a obra.
Timidamente, ela se desculpou, dizendo que não dispunha de dinheiro. O jovem, sensibilizado, tomou do volume e o colocou nas mãos da senhora, presenteando-a.
Ela se foi com a obra intitulada Após a tempestade. Chegando em casa, pensou em ler uma página. Seria a sua despedida do mundo.
Folheou-o e surpreendeu-se com um título: Suicídio.
Sentou-se e leu atentamente as observações ali contidas a respeito dessa fuga da vida.
Ao concluir a leitura, a vontade de matar-se já havia passado. Virou a página e leu outra mensagem, e outra mais, até que se deu conta de que tinha lido várias e seu estado de ânimo mudara.
As lágrimas lhe brotavam com abundância dos olhos. Havia motivos para viver: Deus a amava e ela era responsável por três vidas, além da sua própria.
A vida é patrimônio divino e não deve ser malbaratada. Dispôs-se a prosseguir vivendo.
Os meses escoaram e a situação se transformou. Conseguiu um emprego. Voltou-se para a religião, ela que até havia se esquecido de orar.
Cinco anos depois, sua vida se reestruturara e ela seguia feliz. Cinco anos... após a tempestade.
* * *
Muitos livros existem à disposição de almas aflitas e seres sedentos de orientação.
Livros grandes, pequenos, opúsculos. Todos servem ao objetivo do amor divino: atender os Seus filhos que vivem o infortúnio, para que se redescubram e descubram o amor que nunca perece.
* * *
O livro nobre, impresso ou virtual, pode ser considerado pão da vida. É preparado com o trigo da sabedoria para sustentar as criaturas, todos os dias.
Difundir o bom livro é espalhar esperanças no mundo. As almas sofridas nele encontrarão sempre repouso para as suas fadigas e a luz do conhecimento para as suas mentes. Pensemos nisso e nos empenhemos em divulgar os bons livros.
Leis imutáveis
Leis imutáveis
A palavra lei expressa uma regra ou um conjunto de regras, criadas com o objetivo de definir e regulamentar diversas situações entre os homens.
A lei civil, por exemplo, regula a relação entre os cidadãos. A lei criminal define os delitos e determina a maneira como serão as punições referentes a cada falta.
Verificamos, nas leis da química, física e astronomia, a definição de algumas relações constantes, que existem entre os fenômenos naturais.
A lei moral ou divina indica ao homem o que ele deve fazer ou deixar de fazer.
É um conjunto de normas ou regras, emanadas da Providência Divina, que orientam os atos humanos segundo a justiça natural.
É a ética religiosa de todos os povos e de todas as nações.
A desobediência aos seus códigos causa sofrimento e desequilíbrio ao infrator que, de forma alguma, fugirá ao reajuste.
O homem traz a lei de Deus gravada em sua consciência e mesmo o mais bruto a sente, em forma de impulsos. Somos todos capazes de distinguir o bem do mal.
Deus é a Inteligência Cósmica que rege o mundo com perfeição.
Não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo, deu-lhe corda e a deixa esgotar-se, lentamente, até o fim. Pelo contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida daquilo que criou.
Colocou junto a nós seres superiores, nossos guias espirituais e protetores, que estão sempre prontos a nos aconselhar e amparar. Permanecem ao nosso lado desempenhando uma missão de amor.
Através da inspiração que recebemos desses Espíritos, Deus nos alerta, a cada instante, se fazemos o bem ou o mal.
Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade.
Segundo a palavra do Cristo, estamos em Deus assim como Ele está em nós.
Ele nos criou, deu-nos um objetivo e nos fornece os meios de alcançarmos essa meta. Colocou-nos sob Sua regência.
O Supremo Pai utilizou-se, através dos tempos, de profetas e sábios para nos indicar essa rota segura.
Mas foi Jesus quem nos apresentou o modelo perfeito a ser seguido, ensinando, pelo exemplo e sacrifício, toda a vivência do estatuto das leis morais.
Elas têm o seu fundamento no amor e encerram todos os deveres dos homens uns para com os outros.
As leis naturais de justiça, amor, igualdade e caridade resumem todas as outras e possibilitam ao homem adiantar-se na vida espiritual.
Estabelecidas pelo Pai Criador, as invioláveis leis morais são de todos os tempos e constituem roteiro de felicidade no caminho evolutivo.
Pensemos em como tem sido o nosso proceder na relação com Deus, no uso do nosso tempo, no cuidado com o corpo físico, na vida em sociedade e em família, no uso dos bens da Terra e perante as desigualdades sociais.
Em benefício da nossa própria evolução moral e espiritual, mantenhamos viva a chama da fé e a sintonia com a Espiritualidade maior, para que consigamos seguir com fidelidade as leis morais da vida.
Na barca do coração
Na barca do coração
Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças e a barca de teu coração agitar-se, desgovernada, sobre as ondas...
Quando as obrigações diárias, as dificuldades e os problemas, as surpresas - nem sempre agradáveis -, levarem-te a dizer: Que dia!
Lembra-te...
Caía a tarde e a multidão ainda estava reunida na praia.
Desde que o sol surgira, Jesus atendera as incontáveis súplicas daqueles que O buscavam.
Mãos e lágrimas roçavam-lhe o rosto e a túnica - antes tão limpa e alva - e agora, toda manchada de lamentos.
Finalmente, chegara às margens do lago, vencendo a dor e as tristezas dos sofredores.
Aqueles que O viram deixando atrás de si um rastro confortador de estrelas, perguntavam-se: Quem será este homem, a quem as dores obedecem?
O céu acendia as cores da noite quando a barca de Pedro recolheu a preciosa carga.
Jamais Jesus mostrara na face sinais tão evidentes de cansaço.
Acomodado sobre uma almofada de couro, Sua majestosa cabeça pendeu sobre o peito, como um girassol real despedindo-se ao poente.
Seus lábios deixaram escapar um longo suspiro antes de adormecer.
Seus amigos pescadores não ousaram lhe perturbar o merecido sono, manejando remos com cuidado, auxiliados pelos sussurros de doce brisa.
O lago de Genesaré assemelhava-se a gigantesco espelho de prata ao luar, tranquilo e sereno como o Mestre adormecido.
Faltava pouco para completar a travessia, quando tudo transformou-se.
O tempo irou-se, sem aviso. Adensadas, as nuvens de gaze leve tornaram-se tenebrosa tempestade, e o lago esqueceu a calmaria, encrespando-se, açoitado pelo vento.
Para a barca, vencer a tormenta era como lutar contra vigoroso e invencível titã. Pedro usou toda a sua força e sabedoria nos remos, gritando ordens que se perdiam entre as gargalhadas dos trovões e dos relâmpagos.
Os discípulos assustados correram a acordar Jesus, que ainda dormia.
Mestre! - exclamaram em coro desesperado - perecemos! Jesus, assim desperto, levantou-se prontamente, equilibrando o corpo cansado muito ereto, apesar da barca que, por pouco, não naufragava.
Sua majestosa silhueta parecia estar envolta em misteriosa luz, quando ergueu os braços, ordenando à tempestade:
Calai-vos! E voltando-se para os amigos: Acalmai-vos! Homens, onde está a vossa fé?
Os ventos emudeceram e o lago baixou suas ondas, aplacado por misterioso imperativo.
Os discípulos olhavam-se, num misto de surpresa e alívio.
Envergonhados, voltaram-se para os remos. No compasso ritmado avançava a barca, ao compasso do coração daqueles homens que se perguntavam: Quem será este homem, a quem os ventos obedecem?
* * *
Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças, e a barca de teu coração agitar-se, desgovernada, sobre as ondas...
Quando as obrigações diárias, as dificuldades e os problemas, as surpresas - nem sempre agradáveis -, levarem-te a dizer: Que dia!
Lembra-te... Acorda a mensagem do Cristo adormecida em ti e... acalma-te!
A Inigualável palavra de Jesus
A Inigualável palavra de Jesus
Sempre importante lembrarmos das palavras de Jesus.
A palavra do Cristo é a luz acesa para encontrarmos na sombra terrestre, em cada minuto da vida, o ensejo Divino de nossa construção espiritual.
Erguendo-a, vemos o milagre do pão que, pela fraternidade, em nós se transforma, na boca faminta, em felicidade para nós mesmos.
Irradiando-a, descobrimos que a tolerância por nós exercida se converte nos semelhantes em simpatia a nosso favor.
Distribuindo-a, observamos que o consolo e a esperança, o carinho e a bondade, veiculados por nossas atitudes e por nossas mãos, no socorro aos companheiros mais ignorantes e mais fracos, neles se revelam por bênçãos de alegria, felicitando-nos a estrada.
* * *
Geme a terra, sob o pedregulho imenso que lhe atapeta os caminhos...
Sofre o homem sob o fardo das provações que lhe aguilhoam a experiência.
E assim como a fonte nasce para estender-se, desce o dom inefável de Jesus sobre nós para crescer e multiplicar-se.
Levantemos, cada hora, essa luz sublime para reerguer os que caem, fortalecer os que vacilam, reconfortar os que choram e auxiliar os que padecem.
O mundo está repleto de braços que agridem e de vozes que amaldiçoam.
Seja a nossa presença junto aos outros algo do Senhor inspirando alegria e segurança.
Não nos esqueçamos de que o tempo é um empréstimo sagrado, e quem se refere a tempo diz oportunidade de ajudar para ser ajudado; de suportar para ser suportado; de balsamizar as feridas alheias para que as próprias feridas encontrem remédio e de sacrificar-se pela vitória do bem, para que o bem nos conduza à definitiva libertação.
Assim, pois, caminhemos com Jesus, aprendendo a amar sempre, repetindo com Ele, em nossas proveitosas dificuldades de cada dia: Pai nosso, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos céus.
* * *
Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos lábios dos oradores.
Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos ouvidos dos seguidores.
Ante a lembrança dEle, pensemos nas nossas escolhas de vida.
Reflitamos se estamos escolhendo o caminho mais cômodo, ou se já optamos pelo caminho mais seguro e certo.
A palavra de Jesus nos orienta com clareza. Ouçamos todos os que tenhamos ouvidos de ouvir.
Em algum momento todos teremos que despertar para o bem, e nada melhor do que despertar ao som dos ensinos deste Amigo tão querido e zeloso.
Esqueçamos os fanatismos religiosos. Esqueçamos dogmas e mistérios.
Lembremos apenas das lições do Mestre que nos apontam o amor como solução, como sentido para a vida.
Toda palavra de Jesus poderá ser resumida em apenas uma: Amor.
Amemos e estaremos no mais seguro dos caminhos para a felicidade.
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