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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Nada era d'Ele - Jóia Junior



Disse um poeta um dia,

fazendo referência ao mestre amado:

"O berço que Êle usou na estrebaria,

por acaso era d'Êle?

- Era emprestado!

E o manso jumentinho,

em que, em Jerusalém, chegou montado e

palmas recebeu pelo caminho,

por acaso era d'Êle?

- Era emprestado!

E o pão - o suave pão

que foi, por seu amor, multiplicado,

alimentando toda a multidão,

por acaso era d'Êle?

- Era emprestado!

E os peixes que comeu,

junto ao lago e ficou alimentado,

esse prato era seu?

por acaso era d'Êle?

- Era emprestado!

E o famoso barquinho?

aquele barco em que ficou sentado,

mostrando à multidão qual o caminho,

por acaso era d'Êle?

- Era emprestado!

E o quarto em que ceou

ao lado dos discípulos,

ao lado de Judas, que o traiu,

de Pedro, que o negou,

por acaso era d'Êle?

- Era emprestado!

E o local tumular,

que depois do calvário, foi usado

e de onde havia de ressuscitar,

o túmulo era d'Êle?

- Era emprestado!

Enfim, nada era d'Êle!

Mas, a coroa que Ele usou na cruz

e a cruz que carregou.. e onde morreu,

essas eram, de fato, de Jesus!"

Isso disse um poeta, certo dia,

numa hora de busca da verdade,

mas, não aceito essa filosofia

que contraria a própria realidade....

o berço, o jumentinho, o suave pão,

os peixes, o barquinho, o quarto e a sepultura,

eram d'Êle a partir da criação,

"Ele os criou" - assim diz a Escritura...

Mas a cruz que Ele usou

a rude cruz, a cruz negra e mesquinha

onde meus crimes todos expiou,

essa não era d'Êle,

Essa cruz era minha!

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