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sábado, 22 de setembro de 2018

A outra face


A outra face

Considerando-se o estágio moral em que transitam incontáveis criaturas humanas pelos caminhos do planeta terrestre, ainda vivenciando os instintos agressivos, é compreensível que os relacionamentos nem sempre se realizem de maneira pacífica.

Predominando a natureza animal em detrimento da espiritual, o orgulho se arma de mecanismos de defesa, resultantes da prepotência e da argúcia, para reagir ante os acontecimentos ameaçadores ou que sejam interpretados como tais...

A ação decorrente do raciocínio e da lógica cede lugar aos impulsos agressivos, e estabelecem-se os conflitos quando deveriam vicejar entendimentos e compreensão.

Em razão da fase mais primitiva que racional, qualquer ocorrência desagradável assume proporções inadequadas, que não se justificam, porque os recursos morais da bondade sucumbem ante a cólera que se instala e leva à alucinação.

De certa maneira, remanescendo os comportamentos arbitrários de existências pregressas que não foram domados, facilmente a ira rompe o envoltório delicado da gentileza e acontecem os lamentáveis atritos, que devem e podem ser evitados.

A educação equivocada, que estimula o forte à governança, ao destaque, contribui para que a mansidão e a humildade sejam deixados à margem, catalogadas como fraqueza do caráter e debilidade moral.

O território no qual cada indivíduo se movimenta, após apropriar-se, é defendido com violência, como se a posse tivesse duração infinita, o que constitui lamentável equívoco.

Essa debilidade do sentimento se manifesta na conduta convencional do ser humano que opta por ser temido,quando a finalidade da sua existência é tornar-se amado.

Multiplicam-se, indefinidamente, as pugnas, que passam de uma para outra existência até que as Soberanas Leis imponham a submissão e o reequilíbrio através de expiações afligentes.

A lei é de progresso e, por consequência, a todos cabe o esforço de libertação das heranças enfermiças, dos hábitos primitivos, experienciando conquistas íntimas que se irão acumulando na estrutura emocional que se apresentará em forma de paz e de concórdia.

O conhecimento espírita, porque iluminativo, é o mais eficiente para a edificação moral, defluente da conscientização de que o avanço é inevitável e a repetição das atitudes infelizes constitui estagnação e fracasso...

As dificuldades, portanto, as diferenças de opinião, os insultos e agravamentos devem ser considerados como experimentos, como testes ao aprimoramento espiritual, ao aprendizado das novas condutas exaradas no Evangelho de Jesus.

Quando isso não ocorre, fica-se sujeito à influência maléfica dos Espíritos inferiores que se comprazem em gerar situações embaraçosas, responsáveis por essas condutas lamentáveis.

Indispensável vigiar-se as nascentes do coração, a fim de dominar-se a ira, esta fagulha elétrica responsável por incêndios emocionais de resultados danosos.

Considere-se, ademais, a ocorrência de uma parada cardíaca, de um acidente vascular cerebral de consequências irreversíveis, não programados, mas que sucedem somente por falta de controle emocional, provocados pela raiva...

*   *   *

Aprende a dominar os impulsos da ira, porque a existência terrestre não é uma viagem deliciosa ao país róseo da alegria sem fim...

Esforça-te por compreender o outro lado, a forma como os outros encaram as mesmas ocorrências...

Luta por vencer a arrogância, porque todos os Espíritos que anelam pela paz, pela vitória das paixões têm, como primeiro desafio, a superação dos sentimentos inferiores, aqueles que devem ser substituídos pelos de natureza dignificante.

Se alguém te aflige, é porque se encontra necessitado de ajuda e não de combate, é a sua forma de chamar a atenção para a sua solidão e angústia.

Fogo com fogo aumenta o incêndio devorador.

Treina colocar no braseiro a água da paz e se apagarão as labaredas ameaçadoras.

Não foi por outra razão,. que Jesus propôs: Não resistais ao homem mau, mas a qualquer que vos bater na face direita, oferecei-lhe também a outra, conforme anotou Mateus, no capítulo 5, versículo 39 do seu Evangelho.

Esbordoado, no Pretório, Ele exemplificou o ensinamento verbal, não reagindo às agressões, quando os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na sobre sua cabeça... mantendo-se em silêncio...

Oferecer a outra face é mais do que expor o lado contrário, a fim de sofrer nova investida da perversidade.

Trata-se da face moral, nobre, que se encontra oculta, aquela rica de sentimentos elevados que distingue uma de outra criatura.

Ninguém é o que apresenta exteriormente, tanto existem conteúdos cruéis ocultos pela educação, pela dissimulação e hipocrisia, como sentimentos relevantes e bons.

Ao seres alcançado por qualquer ocorrência desagradável que te golpeie a emoção, ferindo-te a delicadeza das reservas íntimas, ao invés de reagires, desvela a outra face, a do amor, da compaixão, da misericórdia, agindo com serenidade.

A outra face é o anjo adormecido nas paisagens luminescentes do teu mundo interior.

Ali possuis tesouros de amizade e de ternura que desconheces.

Com essa, a brutal, a reagente, a defensiva, já estás identificado, devendo encontrar-te cansado de vivenciá-la.

Imerge, desse modo, no rio de águas silenciosas do teu mundo íntimo e refresca-te com o seu contributo. Logo depois, deixa que os tesouros do amor do Pai que se encontram adormecidos, fluam suavemente e se incorporem aos conteúdos habituais, substituindo-os ao longo do tempo e predominando por fim.

À medida que tal aconteça, renascerás dos escombros como a Fênix da mitologia, que se renovava e renascia das cinzas que a consumiam.

O bem é a meta que todos devemos alcançar.

Não te permitas, portanto, perturbar, pelas emoções doentias e viciosas que te consomem, destruindo as tuas mais caras realizações espirituais,.

És responsável pelos teus atos, qual semeador que avança, seara adentro, atirando os grãos que irão germinar com o tempo,

Certamente muitos se perderão, outros, no entanto, produzirão multiplicadamente, ensejando colheita superior ao volume ensementado.

Necessário cuidar do tipo das sementes que serão distribuídas pelas tuas mãos.

Semeia bondade e colherás alegria de viver, nunca revidando mal por mal.

*   *   *

Uma faísca, um raio que atinja um depósito de combustível e logo se apresentará a destruição.

Controla-os, na corrente das tuas reflexões, gerando a disciplina da contenção da sua carga poderosa de energia, canalizando-a para os labores enobrecidos que te exornam a luta, as conquistas já logradas que te honorificam.

A outra face encontra-se coberta por camadas de experiências desastrosas.

Retira esse lixo mental e permite que se apresente irisada de sol espiritual a outra face, para que o amor real seja a marca do teu comportamento em qualquer circunstância ou ocorrência difícil.

 

Joanna de Ângelis

Psicografia do  médium Divaldo P. Franco, na reunião mediúnica

do Centro Espírita Caminho da Redenção, na noite de 15

de abril de 2009, em Salvador, Bahia.

Em 17.08.2009.

 

 

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Nossa insatisfação

Criei o costume de toda semana comprar sequilho com goiabada na padaria perto daqui de casa. Comê-lo bebendo um café sem açúcar tornou-se, sem exagero, um dos momentos mais deliciosos da semana. Mas a goiabada me incomodava. Não necessariamente ela, mas sua pouca quantidade. Era um pingo no meio do sequilho.

Reclamei na padaria, chamei o padeiro de usura e tudo mais.

Outro dia, voltando do trabalho, passei pela padaria e, pra minha sorte, disseram que havia um sequilho especial pra mim. Lá estava, o meu sonho num sequilho de um real. Quase que completamente coberto de goiabada.

Chegando em casa, preparado o café e toda a ritualística necessária para consumir o apetecível sequilho, ocorreu que não comi nem a metade. Enjoei na segunda mordida. Doce demais, chegava a dar náuseas.

Dia seguinte, cheguei na padaria e lá estava: outro sequilho coberto de goiabada. Me ofereceram e, por vergonha de dizer que odiei o do dia anterior, comprei. Em casa, raspei a goiabada e comi.

O problema, o inferno, não era a goiabada nem o padeiro, era eu. Fui eu quem, amando o que amava, queria do meu jeito, sem entender que eu gostava era do jeito que era, porque se do meu jeito fosse, eu rejeitaria, enjoaria e até tentaria fazê-lo voltar a ser como era.

Assim fazemos com as pessoas também. No início as amamos como são, depois que estão conosco começamos a criticar, tentamos mudá-las, tentamos "colocar do nosso jeito", sem saber que nosso jeito são nossas projeções, pessoas que não existem, e que se existissem, enjoaríamos delas.

Transformamos para descartar, porque quando aquela pessoa muda, muito provavelmente quem gostávamos não está mais lá.

Essa semana voltei à padaria, pedi o sequilho sem goiabada e mandei avisar ao padeiro que a receita original dele é que era a boa e não a minha versão.

Abençoados sejam meus amigos, cada qual a sua maneira e o seu jeito de ser.

Grande abraço.

Autor Desconhecido

Em homenagem à cada amigo que, com seu jeito diferente de ser, não devemos desprezar nem  ignorar, muito menos  querer mudar. Vamos amando uns aos outros e respeitando as diferenças ❤

O valor da tolerância nos relacionamentos


O VALOR DA TOLERÂNCIA NOS RELACIONAMENTOS

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro. Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse: "Adorei a torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
"Amigo, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias! O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar. A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes."
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.
"Dê a quem você ama
Asas para voar,
raízes para voltar e
motivos para ficar."
(Dalai Lama)

Oração de Gandhi

"Dizem que  Gandhi orava assim:*
_“Senhor…_
_Ajuda-me a dizer a_ _verdade diante dos fortes_
_e a não dizer mentiras_ _para ganhar o aplauso dos fracos._
_Se me deres fortuna, não me tires a razão._
_Se me deres o sucesso, não me tires a humildade._
_Se me deres humildade, não me tires a dignidade._
_Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda._
_Não me deixes acusar o outro por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim._
_Ensina-me a amar aos outros como a mim mesmo._
_Não deixes que me torne orgulhoso se triunfo,_
_nem cair em desespero se fracasso._
_Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede ao triunfo._
_Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e  que a vingança é um sinal de baixeza._
_Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso._
_Se eu ofender as pessoas, dá-me a coragem para desculpar-me,_
_e se as pessoas me ofenderem, dá-me a grandeza de perdoá-las._
_Senhor , se eu me esquecer de ti , nunca te esqueças de mim”_
                  *Mahatma Gandhi*

Não ofendas

"Nunca retribuas maldade com vingança ou desforço.
O homem mau encontra-se doente e ainda não sabe.
Dá-lhe o remédio que minorará o seu aturdimento,
não usando para com ele dos recursos infelizes
de que ele se utiliza para contigo.
Se alguém te ofende, o problema é dele.
Quando és tu quem ofende, a questão muda de
configuração e o problema passa a ser teu.
O ofensor é sempre o mais infeliz.
Conscientiza-te disso e segue tranquilo." Joanna de Ângelis

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

PIPOCAS DA VIDA

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.



Assim acontece com a gente.



As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.



Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.



São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.



Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.



O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.



Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.



Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.



Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!



Sem fogo o sofrimento diminui.



Com isso, a possibilidade da grande transformação também.



Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou:



vai morrer.



Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.



Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.



A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.



Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!



E ela aparece como outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.



Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.



São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.



Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.



A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.



No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.



Deus é o fogo que amacia nosso coração, tirando o que nele há de melhor!



Acredite que para extrairmos o melhor de dentro de nós temos que, assim como a pipoca, passar pelas provas de Deus.



Talvez hoje você não entenda o motivo de estar passando por alguma coisa...



Mas tenha certeza que quanto mais quente o fogo, mas rápido a pipoca estoura.
Senhor Deus criador do céu e da terra


poderoso é o Teu nome, grande é a Tua misericórdia.

Em nome do Teu filho Jesus Cristo,

recorremos a Ti neste momento,

para pedir Tua benção p/ todos nós.

Que a Tua Divina luz incida sobre nós

com as Tuas mãos poderosas retire todo o mal,

todos os problemas e todos os perigos

que estejam ao nosso redor.

Que as forças negativas que nos abatem

e nos entristecem se desfaçam ao sopro da Tua benção.

Que o Teu poder destrua todas as barreiras

que impedem nosso progresso.

Tua virtude penetre em nosso ser,

dando-nos paz, saúde e prosperidade.

Tire as pedras Senhor do nosso caminho.

Que nossos passos sejam dirigidos por Ti

para que não tropecemos na caminhada da vida.

nosso viver, nosso lar e nosso trabalho sejam

por Ti abençoados; entregamos em Tuas

mãos poderosas na certeza

de que tudo vamos alcançar.

Estamos no comando do REI do universo.

Amém.
Calar sobre sua própria pessoa, é humildade. Calar quando a gente está sofrendo, é heroísmo. Calar diante da injustiça, é fraqueza. Calar quando o outro espera uma palavra, é omissão. Calar quando DEUS nos fala ao coração, é silêncio. Calar diante do mistério que não entendemos, é sabedoria.
A duvida

Uma lágrima pode ter vários significados...
Quando ela teimar em permanecer em sua face,deixe com que rolem...até que o sorriso venha tirá-la.

E, quando não estiver com vontade de sorrir, não se preocupe, o seu coração está sorrindo por seus lábios.

Quando sua vontade for sumir do mapa... lembre-se:"vou deixar muita gente com saudade".

Quando sua vontade for gritar, grite, todos lhe ouvirão.
Quando sua vontade for ficar em silêncio... fique, sua razão e seu "eu" estarão lhe ouvindo, mesmo com seu silêncio.

Quando sua vontade for falar... fale, Cristo está a lhe escutar.
Quando sua vontade for amar... ame, pois feliz daquele que pode ser amado por uma pessoa como você.

Mas, nunca mude este seu jeito de ser apenas para satisfazer caprichos de alguém.
Se um dia você precisar mudar, que seja para sua satisfação.
Sabe porquê? Por que você é essencial para você.
Atitudes que comovem

Em tempos em que os comentários em torno dos jovens se resumem a irresponsabilidade, desleixo, nomofobia, alguns fatos merecem destaque.
Como o ocorrido com o estudante Walter Carr, de apenas vinte anos.
Ele conseguiu um emprego em uma empresa de mudanças, distante trinta e dois quilômetros de sua casa.
Na véspera do seu primeiro dia de trabalho, seu carro enguiçou. Sem dinheiro para o conserto, ele não teve dúvida.
Venceu a longa distância a pé. Com um detalhe: ele não queria chegar atrasado. Então, saiu de casa à noite e andou horas e horas.
No caminho, foi abordado por um policial que, impressionado por sua determinação, o levou para tomar café da manhã.
A cliente Jenny Lamey esperava os funcionários da empresa de mudanças às oito horas.
Às seis e meia, foi surpreendida com um policial à sua porta, trazendo o jovem Walter. Ela ficou emocionada com o que lhe contou o agente.
Walter logo se envolveu na atividade que lhe competia. E contou que passara a infância em Nova Orleans, que a família se mudara para outra cidade, depois que tivera a casa destruída pelo furacão Katrina, em 2005.
Por isso, era tão importante aquele emprego, o primeiro depois de muito tempo.
Eu não posso descrever o quão emocionada fiquei com Walter e a história dele, disse a cliente.
Mal consigo imaginar essa caminhada solitária, no meio da noite. Quantas vezes ele deve ter pensado em desistir e voltar para casa.
Ao saber da história, Marklin, o chefe executivo da empresa de mudanças foi se encontrar com o novo funcionário. Após conversar, lhe entregou as chaves do seu próprio Ford Escape, ano 2014.
Marklin disse que tudo o que o rapaz fizera nesse dia é exatamente a imagem da empresa: Coração e coragem.
Walter Carr ganhou a admiração de muitos, especialmente depois que a cliente divulgou o fato nas redes sociais.
Desejando se formar em dezembro, na área de saúde, afirmou o estudante:Não importa qual seja o problema, você pode superá-lo. Nada é impossível.
*   *   *
Exemplos que comovem: a firmeza do jovem; também do seu empregador, que se sensibilizou com seu esforço.
Se estamos a braços com muitas dificuldades, com percalços que parecem intransponíveis, serve-nos como estímulo a renovado ânimo.
Exatamente porque pensamos que se ele pode, nós também podemos. Se ele está lutando para vencer, podemos fazer o mesmo.
Se temos sob nossa responsabilidade muitos subordinados, nos estimula a uma melhor avaliação do desempenho de cada um.
Ter essa empatia no buscar conhecer a história pessoal de cada funcionário; verificar seu crescimento na empresa; o aprimoramento do trabalho que executa.
Por fim, este fato nos alerta a que não julguemos as pessoas por uma certa porcentagem, porque, em verdade, temos no mundo um número expressivo de jovens que estudam, trabalham, queimam pestana para se preparar para vestibulares, concursos, provas seletivas.
Grande parte deles é arrimo de família, é responsável por irmãos menores, presta serviço voluntário nas suas horas de lazer.
Em síntese, os jovens são do bem. É a geração nova que assume, a pouco e pouco, a administração do milênio nascente.

Redação do Momento Espírita, com base em notícia
 colhida em https://istoe.com.br, de 18.7.2018.
Em 19.9.2018.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Brasil dos meus sonhos





Brasil, minha terra, como te desejo grande, no concerto das nações.

Como te desejo, pátria amada, ver-te alçada entre as demais, levantando bem alto o estandarte da Ordem e do Progresso. Em síntese, da paz.

Da paz verdadeira, que fala de justiça social, de fraternidade, de um povo amigo.

Como te desejo grande, Brasil amado, vivendo sob um céu de estrelas, astros que ostentas em tua própria bandeira.

Brasil da minha vida.

És tão pródigo em belezas naturais. Tão rico o teu solo que alguém já o definiu como aquele em que se plantando, tudo dá.

A beleza sem par das tuas matas, povoadas por tantas espécies exóticas da fauna, da flora. Tantas que nós, teus filhos, nem as conhecemos todas.

Se nos encantamos com as riquezas naturais da Amazônia, também o fazemos com a diversidade do pantanal. E a imensidão dos pampas no sul, ao lado dos cálices das araucárias imponentes.

Emocionam-me as cascatas, tecendo melodias; os riachos murmurando os segredos das florestas; os rios correndo, ligeiros, rumo ao grande mar.

Estudando tua História, as vitórias conquistadas, o progresso alcançado, sei que triunfarás.

Desejaria que teus filhos todos te amassem e somente pensassem em te fazer crescer. Crescer nas questões morais, no intelecto, na cultura.

Lamento os que não te honram o solo, no trabalho honesto. Tão bom seria se todos utilizassem a bandeira da honra e do dever, tendo o Divino Pai na mente, o Cristo como seu modelo e guia e a caridade como seu propósito.

O tempo haverá de te fazer justiça, quando teus filhos se decidirem para seus altos deveres, se resolverem pelo esforço, pelo trabalho, pela educação.

Nesta hora de desconforto moral, oro por ti, que me viu nascer mais de uma vez, que acalentou meus sonhos, que me viu crescer.

Sei que choras, Brasil, a exaustão de um povo. Tão cansado quanto descrente de que haverá um retorno às fontes do bem.

Estertoras, meu país, ante tanta leviandade com que te dilapidam as riquezas e te destroem os valores.

Vejo-te, sofredor, e, no entanto, creio que haverás de te evidenciar no mundo. Não pelo ouro que ainda repousa em tuas entranhas, nem pelo petróleo que te percorre as artérias.

Não, eu te vejo grande ao mostrar ao mundo que um solo amado por seus filhos se revigora e vence os percalços que se apresentam.

Ainda tens muitos problemas a equacionar. Mas, o gigante se levanta, quando se agitam seus filhos e unem suas forças.

E vencerás a timidez dos bons, a corrupção e a violência dos que ainda estacionam na própria pequenez.

*   *   *

Eu te desejo imenso, Brasil, muito além das fronteiras físicas, cumprindo tua destinação de Celeiro do mundo, de Pátria do Evangelho.

Hás de vencer e mostrar ao mundo que quem vive sob o símbolo do cruzeiro não perde a fé, nem se acovarda na luta.

Brasil amado!

Recebe o preito de gratidão de quem te traz na alma agradecida.

Oro e vibro para que mostres ao mundo teu coração. Coração que pulsa, que acolhe, que ama.

Coração do Brasil. Coração do mundo.



Redação do Momento Espírita, com base em mensagens
dos Espíritos Maria Quitéria e Marina, recepcionadas no
Centro Espírita Ildefonso Correia, em 2.5.2016 e 26.6.2017.
Em 7.9.2018.

Muita felicidade



Momento Espírita


Corria o ano de 1942. A Rádio Tupi do Rio de Janeiro resolveu fazer um concurso de quadrinhas para substituir a letra em inglês da famosa música americanaHappy birthday to you.
Na versão estrangeira original o título da canção era repetido quatro vezes, sendo que na terceira, era acrescido da palavra dear (querido ou querida)e mais o nome do aniversariante.
Foram cerca de cinco mil inscritos. O júri foi composto por imortais da Academia Brasileira de Letras. E os versinhos vencedores foram da paulista Bertha Celeste Homem de Mello.
Os jurados escolheram sua obra principalmente por trazer versos diferentes para cada linha, ao invés de se repetirem como na versão americana, fórmula que fora seguida pela grande maioria dos candidatos.
Bertha, até sua desencarnação em 1999, fazia questão de que as pessoas cantassem a letra da exata maneira que escrevera:
Parabéns a você. Nesta data querida. Muita felicidade. Muitos anos de vida.
Há dois detalhes importantes a serem destacados. Primeiro: a autora, até a sua despedida, em todas as entrevistas que dava, frisava que a letra original dizia: a vocêe não pra você.
pra você foi se popularizando através dos anos em algumas regiões do país. Não deixa de estar correto, mas não é fiel à letra original.
Segundo, e aqui está o item mais interessante: Bertha, em uma de suas últimas manifestações, afirmou: Canta-se errado. Não é “muitas felicidades”, é “muita felicidade”, pois felicidade é uma só.
*   *   *
Quem sabe, durante este tempo todo de nossa História como Humanidade, tenhamos buscado apenas colecionar muitas felicidades.
E então, aquela tão sonhada ventura plena, aquela que julgamos estar no final de tudo, lá estaria, montada com a soma de todas essas felicidades colhidas pelo caminho.
Pensemos um pouco sobre isso. Não parece uma visão muito pequena? Será que a nossa felicidade íntima é feita apenas dos bons momentos que vivemos?
Momentos felizes são importantes, é certo. Eles nos animam, nos dão energia, vontade de viver.
Momentos inesquecíveis ao lado de quem se ama nos dão forças para seguir, nos dão identidade, nos dão raízes.
Momentos de vitórias, de conquistas, realizações, fazem parte da construção segura da felicidade completa da alma.
Ser feliz, porém, é um passo além de ter, no caminho, muitas felicidades.
Há quem diga que é possível, inclusive, ser feliz sem tê-las sempre. Ser feliz até na dor.
Os momentos de luta árdua, de prova dolorida, de sofrimento atroz, também edificam a felicidade verdadeira.
A felicidade é um edifício que se constrói em meio aos momentos felizes e infelizes das vidas, pois ela está no que se aprende com eles.
As belas telas são feitas de luz e sombra. As esculturas que nos encantam os olhos foram moldadas não apenas pelo carinho de mãos dedicadas, mas, principalmente, pelo cinzel insistente e seguro.
Todos estamos sendo moldados, formados, esculpidos pelo planeta para construirmos aqui parte da nossa felicidade, com muitas felicidades ou sem elas.
Redação do Momento Espírita.
Em 13.9.2018.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A dor transformada em poesia

Momento Espírita




A Internet é um veículo baratinho para se brincar de ator- Afirmou determinada colunista em matéria de jornal.
Na grande maioria do tempo, o mundo das redes sociais parece ser um mundo paralelo, distante da realidade.
Fotos de pratos de comida e sorrisos; imagens de gatinhos e cachorrinhos fofos; check-in registrados aqui e acolá e mais sorrisos; declarações de amor e citações de frases e pensamentos de autores famososque assinam o que jamais escreveram.
Raros os conteúdos aproveitáveis ainda, infelizmente.
Dias desses uma imagem chamou a atenção: um rosto sério, sem sorriso, sem máscaras; cortes leves desenhados na pele; um dos olhos ferido seriamente na córnea.
Abaixo da foto um poema que se iniciava assim: Eu quis escrever um grito.
Era mais uma pessoa, um artista dedicado que no seu caminho diário havia sido vítima da violência do mundo. Assaltado, espancado, deixado desacordado na calçada para ser encontrado horas depois pela polícia.
Ao invés de acusar o mundo e a vida, porém, resolveu transformar sua dor, seu grito, em poesia. Encontrou, assim, o belo no feio, o elevado no mais baixo, e levantou-se corajoso.
*   *   *
O mundo nos aterroriza, por vezes.
O ser humano beira a selvageria quando tem a alma doente, e o corpo entorpecido por substâncias que só existem para proporcionar uma espécie de fuga para lugar nenhum.
Os atos de violência de que é capaz nos faz, às vezes, perder a esperança, desanimar, querer, quem sabe, estar longe daqui...
Indignação, revolta e ódio gritam na alma que chora, pedindo ajuda.
No entanto, a presença de Deus e do belo em nosso coração têm nos ensinado a transformar dor em poesia, revolta em resignação, ódio em ação no bem.
É a aplicação do princípio, da lição da outra face do Cristo, muitas vezes mal compreendida.
Se o mundo nos oferece a face da violência, devolvamos justamente o oposto, mostremos a face do carinho, do entendimento, do auxílio ao outro.
Se os homens nos oferecem preconceito, ofereçamos a compaixão, a compreensão. É esse o nosso protesto, é essa a bandeira que irá mudar o mundo e, em verdade, já está mudando.
Que nosso grito de indignação seja um canto. Que toda vez que nos tirarem o manto, mostremos que podem levar também a túnica, pois jamais nos irão tirar o que temos de maior valor, pois não é e nunca será material.
Se hoje estamos inseridos neste contexto de sociedade adoecida, problemática; se somos capazes de identificar onde estão as causas, pensemos: será que estamos aqui por acaso?
Será que não podemos atuar como agente transformador neste meio? O que podemos fazer? De que maneira?
Não há, de alguma forma, parte de nossa responsabilidade em tudo que acontece?
Pensemos seriamente nisso. Saiamos da posição de encurralados pelo medoou da condição de revoltados.
Lembremos que não nascemos por acaso, não nascemos sem planos, nem sem lugar e momento específico para estar.
*   *   *
Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica.
Redação do Momento Espírita.Em 20.7.2018.

A pior das crises

Momento Espírita



Tiago, um dos Apóstolos de Jesus, era bastante fiel às tradições da época, ao cumprimento das Leis e aos livros sagrados de seu povo.
Costumava refletir sobre a profundidade dos ensinamentos de Jesus, e sobre a grande oportunidade que era conviver com Ele.
Certa vez, interrogou o Mestre, preocupado com as sucessivas crises políticas e econômicas que o povo local vivenciava, por conta do domínio esmagador de Roma.
Queria saber por que viviam entre crises econômicas sucessivas, e, se uma crise pior ainda estava por acontecer.
Jesus, na Sua infinita calma, bondade e sabedoria respondeu: A pior crise, Tiago, é a de caráter moral do homem, que acaba por causar todas as outras.
Explicou que o ser humano ainda se acomoda na ignorância, ligado a paixões que o dominam e o infelicitam.
Salientou que, na raiz da crise moral se encontra o egoísmo, que sempre atuará prejudicando o próximo.
Na falta da solidariedade e da fraternidade florescem a ambição, a loucura, a perturbação e os desastres decorrentes desses vícios morais.
As pessoas se isolam em seu orgulho, na ilusão do poder, da raça, da fé religiosa ou política, contribuindo para a desarmonia entre as criaturas.
A ambição desmedida pelas posses materiais causa profundos desequilíbrios, com alguns possuindo muito, e tantos possuindo quase nada.
O consumo desenfreado pode levar indivíduos e, até mesmo uma nação, à ruína.
Em sua conversa com Tiago, o Mestre diz que a severa crise daqueles dias era a mesma, desde o início dos tempos, e que se prolongaria ainda por um longo período na sociedade terrestre.
Jesus encerra dizendo: No futuro, as crises existenciais, políticas e morais cederão lugar ao entendimento, com base no amor, porque, então, a mais severa das crises do ser humano estará resolvida: a crise moral.
As considerações feitas por Jesus há mais de dois mil anos são de uma atualidade impressionante.
Hoje, as crises morais, como crimes e corrupção, tomam enorme tempo em noticiários e grandes manchetes em jornais.
As crises políticas, na forma de guerras, se repetem, baseadas na ilusão da posse, no orgulho e no poder.
As crises econômicas, baseadas no descaso político, na ganância dos que comandam o sistema financeiro, e na obsessão individual de amealhar bens se repetem, causando desequilíbrios de grande porte.
No entanto, sabemos, escutando nosso caro amigo e guia, que a mudança real começa em cada um de nós, e que o mundo caminha, mesmo que a passos lentos aos nossos olhos, para uma mudança real.
Um novo mundo só será possível se for baseado no amor, com os atos valendo mais do que as palavras, com entendimento e fraternidade.
No futuro, crise será uma palavra restrita ao dicionário. Mas para que isso aconteça uma longa e silenciosa batalha deve ser travada no íntimo do ser humano, em busca do equilíbrio e do amor!
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 11, do livro
A mensagem do Amor Imortal, de Divaldo Pereira Franco,
pelo Espírito Amélia Rodrigues, ed. LEAL.
Em 21.7.2018.

Quando todas as estações estiverem completas



Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que eles aprendessem a não julgar a vida, as pessoas e as coisas de modo apressado.
Por isso, mandou cada um viajar para observar uma pereira, que estava plantada em um local distante.
O primeiro filho foi no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o quarto e mais jovem, no outono.
Quando eles retornaram, o pai os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinha visto.
O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.
O segundo disse que ela era coberta de botões verdes e cheia de promessas.
O terceiro discordou dos dois. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um odor tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que era a coisa mais graciosa que havia visto.
Por fim, o último filho não concordou com os irmãos. Ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas.
O pai, então, explicou que todos estavam certos, porque cada um tinha visto apenas uma estação da vida da árvore.
Falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, ou qualquer coisa, por apenas uma estação.
Disse que a essência de uma pessoa, e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos no final, quando todas as estações estiverem completas.
Se desistirmos quando for inverno, perderemos a promessa da primavera, a beleza do verão e a expectativa do outono.
Podemos estar vivendo um inverno intenso neste instante. Parece não haver previsão de término. Por vivê-lo por tão longo tempo, quem sabe tenhamos esquecido de como é uma outra estação diferente dessa.
Importante, no entanto, lembrar que se trata de uma estação.
Não julguemos a vida ou a nós mesmos apenas por esse instante mais gelado e difícil. Lembremos que o inverno nos faz mais fortes, mais resistentes. A estação do frio é convite ao recolhimento e à reflexão.
A primavera parece distante ou mesmo improvável, mas ela é lei da natureza. Virá de qualquer forma.
Por isso, não desistamos de nós, não desistamos de prosseguir, olhando apenas a chuva fria e o dia cinza. Estamos vendo apenas parte e não o todo.
Mais tarde, quando todas as estações estiverem completas, perceberemos o quão importantes foram aqueles dias congelantes e o quão foram prazerosos os primeiros instantes da primavera que os seguiu.
*   *   *
Vivemos no mundo das estações e dos ciclos. Os invernos ainda vão e voltam, assim com os dias quentes de verão.
Saibamos viver as estações com maturidade, extraindo de cada uma seu valor, suas lições e suas belezas.
Haverá dia em que iremos encontrar beleza até na mais vigorosa estação invernal, pois enxergaremos além das temperaturas baixas e dos incômodos que ela traz.
Encontraremos a vida a pulsar debaixo da neve, debaixo da dor, debaixo das expiações que nos libertam das amarras da consciência culpada.
Não permitamos, assim, que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julguemos a vida apenas por uma estação difícil.
Redação do Momento Espírita.
Em 23.7.2018.

A competição



Eram dois grupos de jovens de comunidades religiosas diferentes. A competição era constante. Cada coordenador procurava evidenciar o seu grupo juvenil.
Competiam em jogos de futebol, em maratonas de conhecimentos bíblicos.
Certo dia, um dos grupos estudava o capítulo treze do Evangelho de João, aquele que narra o episódio de Jesus lavando os pés dos discípulos.
O coordenador achou muito oportuno pedir aos jovens que saíssem e encontrassem uma maneira prática de ajudar alguém.
Para isso, os dividiu em cinco equipes e lhes recomendou: Quero que vocês sejam como Jesus, nesta cidade, durante as próximas duas horasImaginem: se Jesus estivesse aqui, o que Ele faria por este povo?
Entusiasmados, saíram os jovens. Duas horas passadas e eles retornaram à sala de estudos para relatar o que tinham feito.
Uma equipe disse que trabalhara durante aquele período, na limpeza do jardim de um senhor idoso, que morava sozinho.
Outra equipe relatou que visitara um membro da comunidade que se encontrava hospitalizado. Além da presença, levaram um cartão para alegrá-lo.
A terceira equipe informou que comprara sorvetes e os servira a algumas crianças pobres.
A quarta se dirigira a uma casa de repouso e cantara cantigas natalinas. Bom, o mês era agosto.
Mesmo assim, os internos apreciaram muito o recital. Houve até um senhor que comentou que aquele Natal, em pleno agosto, era o mais feliz de sua vida.
A cada relato, o coordenador exultava e elogiava a iniciativa.
Entretanto, quando a quinta equipe disse o que fizera, houve uma exclamação de espanto geral.
Esse grupo visitara a comunidade rival e perguntara ao coordenador de lá se ele conhecia alguém que precisava de ajuda.
Ele os encaminhara à casa de uma senhora que vivia só. Ela precisava de muitas coisas.
Então, durante duas horas, eles varreram as folhas do quintal, apararam a cerca viva, cortaram a grama.
Quando terminaram e foram se despedir da dona da casa, ela agradeceu dizendo: Eu não sei o que faria sem sua ajuda. Vocês, desse grupo de jovens do bairro estão sempre vindo aqui para me socorrer.
Grupo de jovens daquele bairro? Interrompeu o coordenador. Espero que vocês tenham dito a ela a que grupo pertenciam.
Por quê? – Perguntou um dos jovens. Nós não dissemos nada. Achamos que não era importante.
Naquele momento, todos compreenderam que aquela equipe entendera verdadeiramente o significado de servir; de dar-se, anonimamente, sem se importar com agradecimentos, elogios ou qualquer outra deferência.
De todas as equipes, aquela fora a que melhor interpretara, com seu gesto, o exemplo do Modelo e Guia da Humanidade, Jesus.
*   *   *
Eu vim para cumprir a vontade de meu pai que está nos céus, afirmou o Mestre de Nazaré.
E estou no meio de vós, como aquele que serve.
Seja Jesus, em toda circunstância, nosso Modelo e Guia.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.Não era importante, de Charles Colson, do livro
Histórias para o coração, de Alice Gray,
ed. United Press.
Em 25.7.2018.