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sábado, 19 de setembro de 2015

Perdoar

Com naturalidade

Se há um assunto que deve ser encarado com a maior naturalidade, inclusive em casa com os filhos, é a velha questão da morte. Sim, afinal, ela é algo absolutamente certo na vida de todo ser humano. Todos viveremos a experiência de encontrar-se com o tal fenômeno que enrijece o corpo e ausenta a pessoa da convivência com a família.
E o assunto deve mesmo merecer nossa atenção porque ela, a morte, é quase sempre visita inesperada ou evitada, mas é uma visita necessária e de presença certa, que pode ocorrer a qualquer momento, sem aviso muitas vezes. Ocorre que desde milênios, a morte sempre foi encarada como algo aterrador, que joga suas vítimas para valas de escuridão e causa pavor nos que ficaram, pois sempre foi vestida com as roupagens do sobrenatural e do misticismo. Isto porque caía no terreno do desconhecido.
Porém, o desconhecido tornou-se conhecido. Com a revelação espírita, os próprios que já haviam enfrentado o fenômeno da passagem para a pátria verdadeira retornaram para descrever a nova morada. Na verdade, a morte não existe, pois a alma vive sempre. Morre o corpo, instrumento de experiências para o espírito, de vida curta, porém. Mas, a individualidade prossegue após a morte do corpo físico.
E muitos perguntam: Mas como é depois? E chegam a afirmar: ninguém voltou para dizer… Eis o engano: voltaram sim e revelaram como é. Mas aí pode surgir outra dúvida: como crer que isto seja real? Eis o segredo: raciocinar.
Os espíritos, que nada mais são que os seres humanos antes e após o corpo, através de uma capacidade orgânica chamada mediunidade, podem entrar em comunicação com quem ainda está aqui na vida material. E neste intercâmbio, revelam a própria situação, suas impressões e experiências. Foi o que fez Allan Kardec com a publicação de O Livro dos Espíritos, mas com um detalhe: essas informações devem ser aprovadas pela lógica, pelo bom senso e pela concordância geral. Se fugir desses itens, esqueça!
É aí que surge o segredo de raciocinar, atitude que todos podem usar.
Pensemos que o dinamismo da vida não pode resumir-se naquilo que vemos e vivemos aqui, por tão curto espaço de tempo. E Deus, sendo Pai, não poderia reservar a destruição ao final de uma experiência. Simples, não? A vida continua, pois. Como é, entretanto, a nova vida?
Essa descoberta notável depende do interesse de cada um em conhecer e estudar.

Como Melhorar

Há um meio prático de se melhorar nesta vida, moralmente falando, resistindo às más tendências e procurando adquirir mais virtudes? Uma recomendação do filósofo   Sócrates indica o melhor caminho: Conhece-te a ti mesmo!
Isso significa uma viagem interior de questionamentos, uma entrevista onde somos o entrevistado e o entrevistador. Sim, questionarmos a nós mesmos, avaliando diariamente  o próprio  comportamento para averiguar se alguém tem algo a reclamar de nós ou se cumprimos com o próprio dever no dia que passou. Esta auto-avaliação pode ser resumida em cinco itens:
  1. a) Interrogarmo-nos sobre o que temos feito;
  2. b) Com que objetivo fizemos ou agimos dessa ou daquela forma;
  3. c) Se fizemos algo que censuraríamos se praticado por outra pessoa;
  4. d) Se algo fizemos que não ousaríamos confessar;
  5. e) Se ocorresse a morte, teríamos temor do olhar de alguém?
E poderíamos ainda examinar se agimos contra Deus, contra nosso próximo e contra nós mesmos. As respostas obtidas nos darão o descanso para a consciência ou a indicação de um mal que precisa ser curado. Havendo dúvida sobre determinado comportamento, há ainda um passo decisivo: “(…) Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na podereis ter por legítima quando fordes o seu autor (…) “.  Esta dica, inclusive é precisa para possíveis questionamentos sobre ilusões do julgar-se a si mesmo, atenuando as faltas ou tornando-as desculpáveis. Se censuramos no comportamento de outra pessoa, é sinal que não aceitamos. E, portanto, trata-se de comportamento que não devemos adotar.
A formulação nítida e precisa de questões dirigidas a nós mesmos sobre o móvel de nossas ações ou o questionamento de nossas motivações é o caminho de nos conhecermos. E, convenhamos, conhecendo a nós mesmos, alcançaremos a reforma moral. Imagine-se agora se cada ser humano travar essa intensa luta consigo mesmo para melhorar-se a si mesmo, teremos um mundo melhor. É o que todos desejamos, não é?
Anotações preciosas essas, de Santo Agostinho, na resposta à questão 919 de O LE.

OS PROFETAS BÍBLICOS DESENCARNADOS E OS ENCARNADOS OU MÉDIUNS

Eu estudei para padre Redentorista e me aprofundei muito nas questões teológicas e bíblicas de acordo com as teses cristãs tradicionais.
Os teólogos e tradutores da Bíblia adulteraram passagens dela para adaptarem-na às doutrinas erradas criadas por eles e por outros seus colegas do passado. Mas a maior adulteração da Bíblia é feita por seus intérpretes. Eles afirmam, com a maior cara de pau, que estão errados ensinamentos claríssimos da Bíblia que são contrários aos seus interesses. E falam como se eles fossem ditadores. Isso se torna uma grande propaganda contra a sua própria igreja, principalmente quando o assunto ganha a mídia. E, lamentavelmente, seus fiéis que, em sua maioria, são pessoas simples, de pouca cultura e não pensam, mas deixam que esses seus líderes religiosos pensem por elas, engolem tudo o que eles dizem como sendo verdades inquestionáveis.
A Bíblia está cheia de espíritos humanos que se manifestam porque estão vivos, são inteligentes, amigos e até pertencentes às nossas famílias. Eles são, pois, nos originais gregos do Novo Testamento, os demônios (“daimones”), ou seja, espíritos humanos que podem ser bons, maus, mais ou menos e até angélicos. Daí que se diz que há anjos bons e anjos maus. Se Deus permitisse que somente os demônios maus se manifestassem a nós, Ele estaria mancomunado com eles na divulgação do mal. Mas não é isso que acontece, pois os bons manifestam-se, também, e até os demônios já angélicos! Esses fenômenos espirituais ou mediúnicos, apesar de comprovados na Bíblia por estudiosos bíblicos independentes e por cientistas de até Prêmio Nobel, ainda têm uma grande porcentagem de cristãos que os ignoram e até os combatem ferozmente como acontece com uma minoria de pastores evangélicos fanáticos. Mas como disse o excelso Mestre nada ficará oculto.
As profecias bíblicas são feitas por profetas de dois tipos: os profetas ou espíritos desencarnados que inspiram, falam e escrevem por meio dos profetas encarnados, isto é, os médiuns. Kardec apoiou essa comunicação entre os dois mundos físico e espiritual. Mas não aprendi isso com ele, mas sim com o estudo da própria Bíblia, relembrando os meus queridos leitores que eu estudei para padre Redentorista e consagrei minha vida ao estudo avançado dela, das religiões e, entre elas, o espiritismo, que é uma doutrina dos espíritos e não bem de Kardec, que é apenas seu codificador.
Moisés (não Deus) condenou, com razão, a prática da mediunidade entre os hebreus, povo comandado por ele, por causa da ignorância, comércio e charlatanice entre os médiuns ou pneumáticos. Essa própria proibição de contato com os espíritos é prova de que tal contato existe. E ele apoiou os profetas sérios e honestos Heldade e Medade que recebiam espíritos e profetizavam. (Números 11: 24 a 30). E, também, Paulo ensinou que os espíritos dos profetas (espíritos desencarnados) estão sujeitos aos profetas (médiuns), que, realmente, podem aceitar ou não a comunicação de um espírito (1 Coríntios 13: 32).
As profecias, pois, são feitas por espíritos santos dos profetas desencarnados, que usam os corpos dos profetas encarnados (médiuns). Mas temos que examinar os espíritos (1 João 4: 1), para sabermos se são espíritos do bem ou do mal, para que não venhamos dar crédito a falsas profecias dos espíritos que profetizam!

Espiritualidade dos Animais

Os animais têm alma?

Essa é uma pergunta recorrente e o interesse pela espiritualidade dos animais vem crescendo a cada dia. Chalmers nos diz que a matéria em si é incapaz de produzir consciência, sendo assim, de onde viria então essa consciência?
Antes de responder se os animais possuem alma, precisamos ver o que o espiritismo nos fala sobre o significado de alma:
Do latim Anima : consciência, aquilo que anima, que sopra vida, Princípio Inteligente Universal, Espírito encarnado. Essas são todas as indicações de alma, e podemos acrescentar que sem a alma a matéria não sobrevive.
De onde vem a alma?
A Alma/Espírito é uma Centelha Divina emanada de Deus. A Mônada Espiritual (Centelha Divina do Principio Inteligente que irá evoluir),se desprende de Deus e inicia seu estágio evolutivo num dos muitos reinos, neles vai acumulando energias que vão aos poucos ampliando as condições de possibilidade para que desperte, depois de passar pelo reino mineral, para o reino vegetal. Ali novamente ela vai adquirindo novas energias, novas condições de sensibilidade que irão se acelerar aos poucos, permitindo-lhe, após séculos, transitar deste para o reino animal, onde irá se individualizar ; é neste reino onde o instinto irá despertar, onde a inteligência, os valores morais, os primeiros indícios da razão irão surgir , permitindo que esse espírito depois de muitos séculos – alguns autores colocam milênios- possa ingressar na fase hominal, que também não é a última nem a mais perfeita, mas somente um estágio de aprendizado, onde valores éticos, morais, onde a racionalidade iniciada no reino anterior deverá se desenvolver em prol de um Bem Maior. Caibar Schutel em A Gênese da Alma sabiamente coloca  que “ tudo tem por alvo o progresso, a evolução para a perfeição, estando todos,desde o mais microscópico ser, submetido as Leis de Evolução.
Também para Sócrates o corpo era o instrumento do Espírito.Mas aí podemos no confundir entre Alma, Espírito(com E maiúsculo)e espírito(com e minúsculo). 
Espírito é a individualização do Princípio Inteligente Universal no plano espiritual, tal como nossos corpos sãoindividualizações materiais no campo FísicoQuando o Espírito reencarna num corpo material é chamado de Alma e a única diferença entre Espírito(com E maiúsculo) e espírito (com e minúsculo) é didática, uma separação entre a alma dos seres humanos e dos animais, que demonstra apenas a diferença na evolução dos valores morais de um e de outro. E agora chegamos a questão mais importante : Os animais tem alma?
Sim, todos os animais possuem um espírito encarnado que lhes anima o corpo material, como poderemos constatar no Livro dos Espíritos.
 Resposta. Q. 597 : Há nos animais um princípio independente da matéria e que sobrevive ao corpo
597-a) - Será esse princípio uma alma semelhante à do homem? 
R. “É também uma alma, se quiserdes, dependendo isto do sentido que se der a esta palavra. É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus.”
O que sabemos sobre a alma dos animais?
1) A alma é um espírito encarnado e traz em si todas as potencialidades morais e intelectuais. 
2) Os animais trazem, em estado rudimentar e conforme seu nível de progresso evolutivo a inteligência fragmentada e traços -em estado latente- de moralidade.
3) Reencarnam e que no Plano espiritual são tratados por irmãos dedicados a eles, que os preparam e auxiliam até nova reencarnação.
4) Estão destinados à mesma Lei de Progresso que todos os seres humanos.
Seria impossível não crermos, diante disso, que os animais não possuam uma alma que com o tempo irá evoluir atingindo reinos superiores – até onde conhecemos os reinos são divididos em reino mineral, vegetal, animal e hominal, mas há quem aponte o reino dosfunghi, (entre o vegetal e animal) até chegar ao reino que, sem outro termo específico, mas meramente didático, colocaremos como reino hominal. 
A questão agora é conhecermos as implicações que esse conhecimento nos traz.
Simone Nardi 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Se soubéssemos.....

“Se o homicida conhecesse, de antemão, o tributo de dor que a vida lhe cobrará, no reajuste do seu destino, preferiria não ter braços para desferir qualquer golpe.
Se o caluniador pudesse eliminar a crosta de sombra que lhe enlouquece a visão, observando o sofrimento que o espera no acerto de contas com a verdade, paralisaria as cordas vocais ou imobilizaria a pena, a fim de não confiar-se à acusação descabida.
Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento de viver, deter-se-ia feliz, sob as algemas santificantes dos mais pesados deveres.
Se o ingrato percebesse o fel de amargura que lhe invadirá, mais tarde, o coração, não perpetraria o delito da indiferença.
Se o egoísta contemplasse a solidão infernal que o aguarda, nunca se apartaria da prática infatigável da fraternidade e da cooperação.
Se o glutão enxergasse os desequilíbrios para os quais encaminha o próprio corpo, apressando a marcha da morte, renderia culto invariável à frugalidade e à harmonia.
Se soubéssemos quão terrível é o resultado de nosso desrespeito às Leis Divinas, jamais nos afastaríamos do caminho reto.
Perdoa, pois, a quem te fere e calunia…
Em verdade, quantos se rendem às sugestões perturbadoras do mal, não sabem o que fazem.”
O texto é de Emmanuel, consta do livro Fonte Viva, capítulo 38, e se constitui em preciosa orientação de equilíbrio.

PELA BÍBLIA, ANJOS E DEMÔNIOS SÃO REALMENTE ESPÍRITOS HUMANOS (2) - Feal

PELA BÍBLIA, ANJOS E DEMÔNIOS SÃO REALMENTE ESPÍRITOS HUMANOS (2) - Feal

terça-feira, 11 de agosto de 2015

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Defenda-se

Não converta seus ouvidos num paiol de boatos.
A intriga é uma víbora que se aninhará em sua alma.
Não transforme seus olhos em óculos da maledicência.
As imagens que você corromper viverão corruptas na tela se sua mente.

Não Faça de suas mãos lanças para lutar sem proveito.
Use-as na sementeira do bem.

Não menospreze sua faculdades criadoras, centralizando-as nos prazeres fáceis.
Você responderá pelo que fizer delas.

Não condene sua imaginação às excitações permanentes.
Suas criações inferiores atormentarão seu mundo íntimo.

Não conduza seus sentimentos à volúpia de sofrer.
Ensine-os a gozar o prazer de servir.

Não procure o caminho do paraíso, indicando aos outros a estrada para o inferno. A senda para o Céu será construída dentro de você mesmo.
*  *  *
André Luiz
(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

O Que Mais Sofremos

que mais sofremos no mundo -Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar - lhes os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
* * *

Xavier, Francisco Cândido.
Ditado pelo Espírito Albino Teixeira.
http://www.febnet.org.br/

http://www.espirito.org.br/index.html

sábado, 8 de agosto de 2015

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Abençoemos - Batuira

    Abençoemos

    Abençoemos os que se fizeram ou se fazem instrumentos de nossas dificuldades!

    Abençoemos os que não nos compreenderam ou ainda não nos compreendam, nos quais encontramos o estímulo para a aquisição de novo entendimento!

    Abençoemos os que nos criaram ou nos criem problemas e embaraços, porque sem eles não adestraríamos as nossas energias para a justa e necessária auto-superação!

    Abençoemos quantos nos impuseram ou nos impõem trabalho incessante de renunciação e sacrifício, sem pausa, porquanto é por eles e com eles que nos habituamos a prosseguir na estrada reta que Jesus nos traçou.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

QUANDO ...
Quando compreendermos que vingança, ódio, desespero, inveja ou ciúme são doenças claramente ajustáveis á patologia da mente, requisitando amor e não o revide...
Quando interpretarmos nossos irmãos delinquentes por enfermos da alma, solicitando segregação para tratamento e reeducação e não censura ou castigo...
Quando observarmos na caridade simples dever...
Quando nos aceitarmos na condição de espíritos em evolução, ainda portadores de múltiplas deficiências e que, por isso mesmo, o erro do próximo poderia ser debitado á conta de nossas próprias fraquezas...
Quando percebermos que os nossos problemas e as nossas dores não são maiores que os de nossos vizinhos...
Quando nos certificarmos de que a fogueira do mal deve ser extinta na fonte permanente do bem...
Quando nos capacitarmos de que a prática incessante do serviço aos outros é o dissolvente infalível de todas as nossas mágoas...
Quando nos submetermos à lei do trabalho, dando de nós sem pensar em nós, no que tange a facilidades imediatas...
Quando abraçarmos a tarefa da paz, buscando apagar o incêndio da irritação ou da cólera com a bênção do socorro fraternal e abstendo-nos de usar o querosene da discórdia...
Quando, enfim, nos enlaçarmos, na experiência comum, na posição de filhos de Deus e irmãos autênticos uns dos outros, esquecendo as nossas faltas recíprocas e cooperando na oficina do auxílio mútuo, sem reclamações e sem queixas, a reconhecer que o mais forte é o apoio do mais fraco e que o mais culto é o amparo do companheiro menos culto, então, o egoísmo terá desaparecido da Terra, para que o Reino do Amor se estabeleça, definitivo, em nossos corações.
Livro: Paz e Renovação
Medium: Chico Xavier
Espírito: André Luiz
Durante a história da humanidade sempre houve relatos de fenômenos ligados ao sobre natural.
No século XIX, Allan Kardec iniciou uma observação criteriosa de tais fenômenos que também aconteciam em sua época, como por exemplo, um desses fenômenos que foi denominado de Fenômeno das Mesas Girantes, pois que as mesas começavam a se erguer e girar no espaço.
Ao observar que tais fenômenos eram inteligentes, deduziu que sua causa só poderia ser inteligente e postou-se a desenvolver métodos de comunicação, constatando aí a comunicabilidade com os causadores de tais fenômenos, os espíritos, termo que foi por ele criado.
Allan Kardec analisou que as informações enviadas pelos Espíritos tinha importante cunho filosófico e decidiu que todas as informações reveladas pelos Espíritos, por um critério científico, fosse catalogado de forma didática e publicado o resultado desse trabalho em 5 livros conhecidos pelo termo Codificação Espírita, que são: O Livro dos Espíritos; O Livro dos Médiuns; O Evangelho Segundo o Espiritismo; O Céu e o Inferno; A Gênese.
Embora o termo Kardecismo tenha se popularizado, dando a falsa impressão de que o Espiritismo é de autoria de Allan Kardec, é perfeitamente claro que não existe a necessidade de se chamar Espiritismo Kardecista, pois só existe um Espiritismo com base na Doutrina dos Espíritos. Allan Kardec apenas observou os fatos e catalogou de forma didática as informações enviadas dos Espíritos. Ele mesmo afirma a necessidade de criar o termo Espiritismo pela particularidade de seus fundamentos que inexistem em qualquer outra doutrina, filosofia, seita ou religião, conforme podemos entender em O Livro dos Espíritos, na Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, diferenciando assim o Espiritismo de tudo o que existe em termos de doutrina, filosofia, ceita ou religião.

Princípios

Quadro retratando a Evolução espiritual, segundo a ótica da Doutrina Espírita.
Nascido no século XIX, no dia 18 de Abril de 1857, com a publicação de O Livro dos Espíritos, o Espiritismo se estruturou a partir de diálogos estabelecidos por espíritos desencarnados que, se manifestando por meio de médiuns, discorreram sobre temas religiosos sob a ótica da Moral Cristã, ou seja, tendo por princípio o amor ao próximo. Desta forma foi estabelecido o preceito primário da Doutrina, de que só é possível buscar o aprimoramento espiritual através da caridade aos semelhantes (Lema: Fora da caridade não há salvação), além de trazer a luz novas perspectivas sobre diversos temas de grande relevância filosófica e teológica.
O Espiritismo se caracteriza pelo ideal de compreensão da realidade mediante a integração entre as três formas clássicas de conhecimento, que seriam a ciência, a filosofia e a moral. Segundo Kardec, cada uma delas, tomada isoladamente, tende a conduzir a excessos de ceticismo, negação ou fanatismo. A doutrina espírita se propõe, assim, a estabelecer um diálogo entre as três, visando à obtenção de uma forma original que, a um só tempo, fosse mais abrangente e mais profunda, para desta forma melhor compreender a realidade. Kardec sintetiza o conceito com a célebre frase: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão em todas as épocas da humanidade”.
É importante ressaltar ainda que, quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria é, por definição, espiritualista, independente de sua religião, sendo, portanto, o espiritualismo enquanto oposição ao materialismo, o pilar fundamental da maioria das doutrinas religiosas. No caso do Espiritismo, a principal diferença entre esta doutrina e a maioria das demais religiões é sua crença na possibilidade de comunicação entre o mundo corporal e o mundo espiritual, contudo, a fé nesta possibilidade de comunicação gera grande confusão por parte dos leigos entre o Espiritismo e as religiões afro-brasileiras, contudo, cada uma delas possui origens completamente distintas umas das outras.
Allan Kardec, em "Obras Póstumas", propõe que o espiritismo seja uma doutrina natural, passível de ser interpretada ou não como religião pelos homens, isto é, capaz de colocar o homem – ou o espírito – diretamente em relação com Deus.
A doutrina espírita, de modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos:
  • Na existência e unicidade de Deus, desconstruindo o dogma da Santíssima Trindade;
  • Na existência e imortalidade do espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação Divina (para Kardec, a ligação entre o espírito e o corpo físico, é feita por meio de um conectivo "semimaterial" que denomina de perispírito);
  • Na defesa da reencarnação como o mecanismo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;
  • No conceito de criação igualitária de todos os espíritos, "simples e ignorantes" em sua origem, e destinados invariavelmente à perfeição, com aptidões idênticas para o bem ou para o mal, dado o livre-arbítrio;
  • Na possibilidade de comunicação entre os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos"), por meio da mediunidade (Essa comunicação é realizada com o auxílio de pessoas com determinadas capacidades - os médiuns, como por exemplo a chamada "escrita automática" (psicografia).);
  • Na Lei de Causa e Efeito, compreendida como mecanismo de retribuição ética universal a todos os espíritos, segundo a qual nossa condição é resultado de nossos atos passados;
  • Na pluralidade dos mundos habitados, a ideia de que a Terra não é o único planeta com vida inteligente no universo.
Além disso, podem-se citar como características secundárias:
  • A noção de continuidade da responsabilidade individual por toda a existência do Espírito;
  • Progressividade do Espírito dentro do processo evolutivo em todos os níveis da natureza;
  • Retorno do Espírito à matéria (reencarnação) tantas vezes quantas necessárias para alcançar a perfeição. Os espíritas não creem na metempsicose.
  • Ausência total de hierarquia sacerdotal;
  • Abnegação na prática do bem, ou seja, não se deve cobrar pela prática da caridade nem o fazer visando a segundas intenções;
  • Uso de terminologia e conceitos próprios, como, por exemplo, perispírito, Lei de Causa e Efeito, médium, Centro Espírita;
  • Total ausência de culto a imagens, altares, etc;
  • Ausência de rituais institucionalizados, a exemplo de batismo, culto ou cerimônia para oficializar casamento;
  • Incentivo ao respeito para com todas as religiões e opiniões.

Espírito

Segundo a Doutrina espírita, o espírito é a individualização do princípio inteligente do Universo. Quando encarnado - ou seja, vestido de um corpo humano - é chamado de alma, nesta situação alma e espírito são as mesmas coisas.
Para os espíritas, o estado natural do espírito seria o de liberdade em relação à matéria, ou seja, a condição de desencarnado. Nesta situação, o espírito mantém a sua personalidade e suas características individuais. Também segundo a doutrina espírita, a interação do espírito com o cérebro se dá através do perispírito. Este conecta a vontade que nasce no espírito com o estímulo que direciona o cérebro.
Para designar um espírito específico, os espíritas utilizam a inicial em maiúsculo, como por exemplo: "O Espírito Emmanuel".

Perispírito

O termo perispírito foi cunhado por Allan Kardec, e encontra seu primeiro uso no comentário que segue o item 93 de O Livro dos Espíritos:
O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer? “Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.” Segue-se a esse trecho o seguinte comentário de Kardec: "Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito".
A partir daí Kardec se ocupou de buscar fundamentação para essa hipótese, estudando as propriedades daquilo que à época recebia o nome de "fluidos" (eletricidade, magnetismo, calor), e ampliando a pesquisa para o que chamou de "fluidos psíquicos" ou "espirituais". Concluiu que o perispírito seria um corpo fluídico que envolve o espírito na condição de ente "semimaterial". Mais "grosseiro" que o espírito e mais "sutil" que o corpo, seria o responsável, entre outras funções, pela transmissão da vontade daquele para este e das sensações do corpo para o espírito. Seria constituído a partir de modificações particulares do "Fluido Cósmico Universal", que Kardec defendia ser a matéria primordial de que se compõe o universo.

Mundo Espiritual

Plano espiritual é o nome dado pelos estudiosos e seguidores da doutrina espírita para a realidade extra-física onde os espíritos se encontram.Segundo a doutrina espírita, o espírito, após a morte do corpo, dispõe de percepções mais abrangentes do que quando está ligado à matéria. Além disso, percebe a passagem do tempo de forma diversa.
A forma de retratar o plano espiritual, entre os espíritas, foi fortemente influenciada pelos romances mediúnicos que se disseminaram no Brasil a partir dos anos 50. A obra Nosso Lar, psicografada por Chico Xavier, e atribuída ao espírito André Luiz, foi uma das pioneiras nesse campo. Ela descreve o além-túmulo com várias cidades e aglomerações urbanas, nas quais reúnem-se os espíritos de acordo com sua evolução moral.
A vida se separa por faixas, de acordo com a "frequência vibracional" da matéria lá existente e que está além da realidade física. Quanto mais "elevada" a frequência da vibração, mais sutil será a faixa e mais evoluídos serão os espíritos que nela se encontram, ao passo que, quanto mais "baixa" ela for, mais baixa será a faixa e mais atrasados serão os seus habitantes. Do mesmo modo, dependerá da frequência vibracional a maior ou a menor sutileza das construções existentes no plano espiritual.

Mediunidade[editar | editar código-fonte]

A mediunidade é o nome atribuído a uma capacidade humana que permite uma comunicação entre homens e Espíritos. Ela se manifestaria independente de religiões, de forma mais ou menos intensa em todos os indivíduos. Porém, usualmente apenas aqueles que apresentam num grau mais perceptível são chamados médiuns.
Assim, um espírito que deseja comunicar-se entra em contato com a mente do médium e, por esse meio, se comunica oralmente (psicofonia), pela escrita (psicografia), ou ainda se faz visível ao médium (vidência). Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, descreve também fenômenos de ordem física, como batidas (tiptologia), escrita direta (pneumatografia), voz direta (pneumatofonia), e ainda materializações ectoplasmáticas em que o espírito desencarnado se faz visível e até palpável aos presentes no ambiente onde ocorra o fenômeno. Outras formas de comunicação com os espíritos podem ser encontradas em O Livro dos Médiuns.

Lei da causa e efeito

A Lei de causa e efeito é um dos princípios fundamentais preconizados pela Doutrina Espírita para explicar as contingências ligadas à vida humana. Também é conhecida na literatura espírita como Lei da Causalidade. Segundo ela, a todo ato da vida moral do homem corresponderia uma reação semelhante dirigida a ele, criando-se, assim, algo similar ao "cosmos ininterrupto de retribuição ética", a que alude Max Weber em Economia e Sociedade.
A Lei de causa e efeito, segundo a compreendia Kardec, distanciava-se da concepção de Karma, erroneamente difundida no Ocidente, por não admitir o determinismo.
Esta lei procura explicar os acontecimentos da vida atribuindo um "motivo justo", e uma "finalidade proveitosa" para todos os acontecimentos com que se depara o homem, inclusive o sofrimento.

Lei da evolução

Lei da Evolução é o nome utilizado com mais freqüência hoje em dia pelos adeptos e estudiosos do espiritismo para se referir à Lei do Progresso, uma das dez "Leis Morais" a que alude Allan Kardec na Parte Terceira de O Livro dos Espíritos.
Segundo esse princípio, tudo o que existe está em contínua evolução, o Universo, os mundos e os seres, tanto os animados quanto os inanimados, isoladamente ou em conjunto.
A evolução dos mundos habitados ocorre no mesmo ritmo da dos seres que habitam em cada um deles. Os mundos habitados, segundo o Espiritismo, podem ser classificados do seguinte modo:
  • Mundos Primitivos: destinados às primeiras encarnações do Espírito. São os mundos formados há menos tempo. Neles se encontram todos os seres nas suas fases iniciais de progresso.
  • Mundos de expiação e provas, onde domina o mal entre os Espíritos. Nesses mundos, algumas espécies animais já demonstram um certo grau de raciocínio e consciência. A exploração dos animais pelo ser humano e o desrespeito à natureza são preponderantes.
  • Mundos de regeneração, nos quais os Espíritos que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta. As demais espécies de seres vivos estão mais evoluídas e poucos são os seres humanos que as exploram para o trabalho ou para deles se alimentarem. É maior, também, o respeito pela natureza em geral.
  • Mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal. Nesses mundos a exploração das espécies animais pelo ser humano e o desrespeito pela natureza são reduzidos.
  • Mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. Todos os outros seres, nestes mundos, encontram-se no seu estágio final de desenvolvimento antes de passarem para o reino seguinte na escala evolutiva. Reinando somente o bem nesses mundos, a harmonia entre todos os seres é total.
A Terra pertenceria, ainda, à categoria de mundo de expiação e provas.

Lei da Reencarnação

Reencarnação é uma idéia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos, segundo a qual uma porção do Ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciência, espírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma.

Allan Kardec

Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido para o movimento espírita como Allan Kardec, nasceu em Lion, França, a 3 de Outubro de 1804.

Seus pais eram Jean Baptiste Antoine Rivail e Jeanne Louise Duhamel, Kardec em tenra idade revelou uma inteligência brilhante, inclinando-se para as ciências e para assuntos filosóficos.
Foi aluno de Pestalozzi no Instituto de Yverdon (Suíça), uma das mais renomadas escolas da época. Cercado por colegas tão brilhantes como ele, em seus momentos de descanso o futuro Codificador do Espiritismo, aos 14 anos ensinava o que aprendia aos seus colegas menos adiantados. Essa particular atenção para os problemas educacionais chamou a atenção de Pestalozzi, o que lhe conquistou a simpatia e admiração. Conquistou diversos diplomas e tornou-se membro de diversas Sociedades e Institutos durante sua carreira de professor e diretor de colégio. A sua postura pedagógica o fazia um pesquisador de extrema erudição. Viveu numa época em que os estudos ganhavam cunho empírico. Essa herança de formação foi primordial para, no futuro, o trabalho da Codificação ser realizado, notadamente em seu tempo. O professor Rivail ganhou notoriedade invulgar, sendo detentor das seguintes honrarias:
-Diploma de fundador da Sociedade de Previdência dos Diretores de Colégios e Internatos de Paris (1829).
-Diploma da Sociedade para a Instrução Elementar (1847). Secretário Geral: H. Carnot.
-Diploma do Instituto de Línguas, fundado em 1873. Presidente: Conde Le Peletier- Jaunay.
-Diploma da Sociedade de Ciências Naturais de França (1835). Presidente: Geoffrey de Saint-Hilaire.
-Diploma da Sociedade de Educação Nacional, constituída pelos diretores de Colégios e de Internatos da França.
-Diploma da Sociedade Gramatical, fundada em Paris, em 1807, por Urbain Domergue (1829).
-Diploma da Sociedade de Emulação e de Agricultura do Departamento do Ain (1828). Rivail fora designado para expor e apresentar em França o método de Pestalozzi.
-Diploma do Instituto Histórico, fundado em 24 de Dezembro de 1833 e organizado a 6 de Abril de 1834. Presidente: Michaud, membro da Academia Francesa.
-Diploma da Sociedade Francesa de Estatística Universal, fundada em Paris, a 22 de novembro de 1820, por César Moreau.
-Diploma da Sociedade de Incentivo à Industria Nacional, fundada por Jomard, membro do Instituto.
-Diploma da Academia Real das Ciências de Arrás.
Inúmeros textos biográficos afirmam que Kardec era médico, mas acreditamos que este equívoco tenha sido causado por sua formação humanista. Na verdade, não há registros oficiais que garantam que ele tenha cursado medicina.

 Kardec e o Espiritismo

Homem de espírito empírico e racional, pensamento vigente em sua época, Rivail, ao entrar em contato pela primeira vez com os fenômenos espirituais, procurou observar-lhes as características lógicas. Não poderia ser diferente quando um amigo, Sr. Fortier lhe revela que, em certa casa, as mesas não eram apenas girantes, mas também falantes. A primeira reação de Rivail foi constatar a veracidade do fato. Ele era profundo conhecedor do Magnetismo e, como outros observadores e magnetistas, acreditava que os fenômenos eram apenas manipulação de fluido magnético.
Quando frente a frente com os fatos, o perspicaz professor logo observou com seriedade o que muitos utilizavam como passatempo. Fruto de suas árduas pesquisas e profundo estudo, esse extraordinário pesquisador concluiu que a causa inteligente por trás daqueles fenômenos, era os espíritos dos que já haviam partido, deduzindo, assim, as leis que regem esses fenômenos. A partir daí, trouxe todo um corpo de doutrina, explicitado na Filosofia Espírita, plena de conhecimento superior, esperanças e consolações.
Com essa percepção, Rivail, futuro Allan Kardec, passou a freqüentar inúmeras reuniões, levando perguntas sistematizadas sobre diversos problemas, às quais os Espíritos respondiam com “precisão, profundeza e lógica”. Em casa do Sr. Roustan, 30 de abril de 1856, a médium Japhet lhe transmitiu a primeira revelação positiva da missão que teria de desempenhar. Humildemente Kardec recebeu uma página do Espírito de Verdade que lhe confirmava as dúvidas de ter sido escolhido para tão grandiosa missão. “Confirmo o que foi dito, mas recomendo-te discrição, se quiseres sair-te bem. Tomarás mais tarde conhecimento de coisas que podes triunfar, como podes falir. Neste último caso, outro te substituiria, porquanto os desígnios de Deus não assentam na cabeça de um homem.”
Segue-se o trabalho e a 18 de abril de 1857 é finalmente lançado O Livro dos Espíritos contendo a base para a Doutrina Espírita, as Leis Morais, Esperanças e Consolações.

 O surgimento de Allan Kardec

“No momento de publicá-lo – diz Henri Sausse, biógrafo de Kardec – o autor ficou muito embaraçado em resolver como assinaria, se com o seu nome – Hippolyte Léon Denizard Rivail, ou com um pseudônimo. Sendo seu nome muito conhecido do mundo científico, em virtude dos seus trabalhos anteriores e podendo originar equívocos, talvez até mesmo prejudicar o êxito do empreendimento, ele adotou o alvitre de passar a assinar com o nome de Allan Kardec, nome que, segundo lhe revelara um espírito, ele tivera ao tempo dos Druidas.” Para melhor elucidar o internauta, Rivail em encarnações passadas fora um sacerdote Druida de nome Allan Kardec – veja-se também estudos sobre o assunto na obra Allan Kardec, o druida reencarnado, de Eduardo de Carvalho Monteiro, editora EME.

Após o lançamento de O Livro dos Espíritos (1857) seguiram-se outros:

Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas – O que é Espiritismo – Carta sobre o Espiritismo – O Livro dos Médiuns (1861) – O Espiritismo na sua expressão mais simples – Viagem Espírita em 1862 – Resposta à mensagem dos Espíritos Lioneses por ocasião do Ano Novo – Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas, ou Primeira Iniciação – Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo, daí originando O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864)- Coleção de composições inéditas extraídas de O Evangelho Segundo o Espiritismo – A Gênese (1868) – O Céu e o Inferno (1865) – Coleção de Preces espíritas – Estudo acerca da poesia medianímica – Caracteres da Revelação Espírita – Obras Póstumas (1890) – Revista Espírita.
Nos seus últimos anos de vida, Kardec tornara-se um homem universal – segundo o Sr. André Moreil (La Vie et l´Oeuvre d´Allan Kardec, Paris, 1961). Em preparativos de mudança de residência, em 31 de março de 1869, aos 65 anos incompletos, é vítima de um aneurisma que o leva ao desenlace. Em seu enterro, no Cemitério de Montmartre, dentre outros oradores o astrônomo Camille Flammarion, destacou a contribuição de Allan Kardec para o mundo científico e filosófico. Atualmente, os despojos mortais de Kardec podem ser encontrados no centro do monumento druida no Cemitério Père-Lachaise, em Paris.

Bibliografia
Grandes Espíritas do Brasil – 53 biografias- de Zêus Wantuil ( organizador) – 1ª edição – FEB

O que é Espiritismo?

Para começar a falar de Espiritismo, vamos esclarecer que o termo foi usado pela primeira vez por Allan Kardec na obra O Livro dos Espíritos.

Antes disso, usavam-se termos como Espiritualismo e Neo-Espiritualismo e, embora os fatos espíritas sempre tenham existido, eram interpretados das mais diversas maneiras, muitas delas sob o prisma do misticismo, da superstição e do sobrenatural.
Para obter a resposta mais completa à pergunta acima formulada, é necessário que se recorra ao O Livro dos Espíritos, que é o próprio delineamento, núcleo central e, ao mesmo tempo, arcabouço geral da Doutrina Espírita.
Examinando este livro, em relação às demais obras de Kardec que completam a Codificação, veremos que todas elas partem das bases de O Livro dos Espíritos. As ligações de conteúdo entre esses livros, quais sejam, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o Inferno, deixam perceber que a Codificação se apresenta como um todo homogêneo e conseqüente.
Após 150 anos de sua publicação, O Livro dos Espíritos continua sendo tão sólido e atual como nos primeiros dias, sem ter sido abalado pelo progresso tecnológico das ciências materiais do mundo porque, como diz Kardec, o Espiritismo é uma doutrina progressista e aberta.
É Ciência, porque se trata de um conjunto organizado de conhecimentos relativos a certas categorias de fatos ou fenômenos analisados empiricamente, catalogados e relatados por seus pesquisadores, representado pelo O Livro dos Médiuns. Diz Kardec, “a fé sólida é aquela que pode encarar a razão, face a face.”
É Filosofia, quando, inserido no contexto filosófico tradicional, embora de cunho evolucionista e metafísico, pontua a necessidade do homem ir em busca de seu autoburilamento, estimulando-o à averiguação de respostas às questões magnas da Humanidade: sua natureza, sua origem e destinação, seu papel perante a Vida e o Universo. Diz Kardec, “nascer, viver, morrer e renascer de novo, progredindo sempre, tal é a lei.”
É Religião, porque tem o dom de unir os povos em um ideal de fraternidade, preconizado por Jesus de Nazaré, permitido, dessa forma, que o homem se encontre com o próprio Criador. Diz Kardec, “fora da caridade não há salvação.”

Espiritismo

A vasta literatura que atualmente nos é oferecida, mostra que a nossa época está muito desenvolvida no campo da intelectualidade e do conhecimento geral.
Dentro deste contexto, a palavra Espiritismo, parece ter-se diluído no mar das verdades que há muito esta Doutrina vem ensinando.
Embora ainda não seja de compreensão geral, já não se verifica o espanto de antigamente, quando esclarecimentos espíritas são citados.
É interessante verificar que está acontecendo, exatamente, o que foi previsto por Kardec há quase cento e cinqüenta anos.
Sob diferentes enfoques, encontramos a realidade dos postulados espíritas, apresentados e discutidos por estudiosos de diversas áreas, fazendo renascer questões que a Doutrina Espírita sempre movimentou.
Apesar de todos os questionamentos a respeito deste assunto, poucos se preocupam ou sequer pensam como, realmente, será a continuidade do nosso existir após a desencarnação. Em geral, a maioria se contenta com uma explicação ilusória sem lógica ou confirmação.
Somente, a Doutrina Espírita, com sua função esclarecedora, consegue nos mostrar os horizontes da vida espiritual.
Como roteiro seguro deste assunto, gostaríamos de lembrar o excelente livro “Voltei”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, e ditado pelo Espírito Irmão Jacob, onde encontramos um relato muito claro da passagem para o Mundo Espiritual e os primeiros momentos do Espírito no seu retorno à pátria verdadeira.
A Palingenesia que significa novo nascimento ou nascer de novo, é crença muito antiga, que acompanha o homem desde que ele passou a adotar rituais religiosos. Acredita-se que foi na Índia que primeiro se estabeleceu a idéia de Reencarnação, tornando-se dogma em todas as religiões do antigo oriente.
No decurso da História, vamos encontrar Pitágoras no séc. VI a. C., trazendo para a Grécia os conceitos que aprendera no Egito e na Pérsia. O sentido da reencarnação manteve-se na filosofia grega através da doutrina de Sócrates e Platão. No mundo antigo, a reencarnação era tida como realidade inquestionável e da qual não se duvidava. Kardec também diz (O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. IV), que a reencarnação fazia parte dos dogmas judeus.
Jesus em várias ocasiões se referiu à reencarnação e seu diálogo com Nicodemos, não deixa dúvida quanto à necessidade do homem renascer para dar cumprimento à lei de causa e efeito, maravilhoso ditame da justiça Divina.
Depois da estadia do Mestre Jesus entre nós, durante certo tempo, permaneceu bem acesa a verdade da reencarnação, mas, interesses religiosos e políticos, acabaram interferindo nessa crença e confundindo muitas das questões bíblicas que tratavam do assunto.
Mas, hoje, vemos a humanidade, através do estudo e da pesquisa cientifica, aproximar-se da verdade espiritual, reatando o fio dos primórdios tempos, para fazer renascer a verdade da reencarnação , tão atingida no seio da humanidade. Texto 2 – por Maria Lourdes

Brasil e o Espiritismo 

Em meados da década de 1860, a cidade de Salvador conheceu uma explosão espírita de que não há paralelo no Brasil. As obras de Kardec, lidas em francês, eram discutidas apaixonadamente nas classes mais cultas.”É assim que Ubiratan Machado coloca em seu livro Os Intelectuais e o Espiritismo como chegou ao nosso país a Doutrina Espírita. E continua sendo apenas estudada pela Corte e como privilégio dos que conheciam o idioma francês. Mas foi em 1865 que realmente oficializou-se o Espiritismo com a fundação do 1º Centro Espírita de conhecimento público, do país, sob a direção do Dr. Luiz Olímpio Teles de Menezes, na cidade de Salvador, O Grupo Familiar do Espiritismo. No ano seguinte, Dr. Menezes publicou sua tradução da Filosofia Espiritualista, uma seleção de trechos de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
Ao mesmo tempo, em São Paulo, a Tipografia Literária editava outro livro do Codificador. “O Espiritismo reduzido a sua mais simples expressão” , sem indicação de tradutor.
A primeira conseqüência do trabalho de Luís Olímpio era muito clara, o público que não conhecia o francês começou a ler com bastante interesse a filosofia espírita.
A Segunda conseqüência foi a reação do clero, que começou a falar nos púlpitos sobre os malefícios da nova doutrina e em seguida lançou uma Carta Pastoral, datada de 16 de junho, mas só divulgada a 25 de julho de 1867. Essa Carta em forma de opúsculo acusava violentamente o Espiritismo com inverdades, ocasionando uma série de debates entre Luiz Olímpio e o padre Juliano José de Miranda.
E evidentemente o ponto mais ardoroso era a reencarnação. Encerrou-se finalmente depois de longo tempo quando o padre sabendo que Luiz Olímpio era católico de nascimento, resolveu a questão dizendo que “Espiritismo e Catolicismo são a mesma Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo”.
No ano de 1875 a Livraria Garnier lançava a sua primeira tradução de uma obra de Allan Kardec para o Brasil, O Livro dos Espíritos, pelo médico fluminense Dr. Joaquim Carlos Travassos; que foi também o tradutor do O Céu e o Inferno e O Livro dos Médiuns.
Esses são apenas alguns dados extraídos da belíssima obra Os Intelectuais e o Espiritismo em que podemos encontrar o início do movimento Espírita Brasileiro e a necessidade imperiosa dele florescer no Brasil. Os espíritos de Bezerra de Menezes, Humberto de Campos e tantos outros nos trazem mensagens sobre a necessidade de divulgação do Espiritismo no solo pátrio e inclusive em outros países. A mensagem espírita representa a presença de Jesus entre nós, quando afirmou que enviou o Consolador “para que fique eternamente convosco o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas, vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João, XIV: 15 a 17; 26).
Texto 3 – por Ana Gaspar

O cooperador

O Cooperador

Imagina-te à frente de um violino. Instrumento que te espera sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar contigo na execução da melodia.Se o tomas de arranco, é possível te caia das mãos, desafinando-se, quando não seja perdendo alguma peça.
Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que lhe dilapidarão a estrutura.
Se usado, a feição de martelo, fora da função a que se destina, talvez se despedace.
Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a te escutar o coração e o cérebro, ei-lo que te responde com a sublimidade da música.
Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem esperas apoio e colaboração.
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Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se lhe buscas o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.
Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências claramente infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma.
Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.
Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na posição certa, como a te receber as melhores vibrações do coração e do cérebro, ei-lo que te corresponde com a excelência e a oportunidade da colaboração segura, em bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.
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Pensemos nisso e concluiremos que é impossível encontrar cooperadores eficientes e dignos, sem indulgência e compreensão.
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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.

Esmola e Caridade

Escusam-se muitos de não poderem ser caridosos, alegando precariedade de bens, como se a caridade se reduzisse a dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados.
Além dessa caridade, de ordem material, outra existe - a moral, que não implica o gasto de um centavo sequer e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.
Exemplos? Eis alguns:
Seríamos caridosos se, fazendo bom uso de nossas forças mentais, vibrássemos ou orássemos diariamente em favor de quantos saibamos acharem-se enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos.
Seríamos caridosos se, em determinadas situações, nos fizéssemos intencionalmente cegos para não vermos o sorriso desdenhoso ou o gesto desprezivo de quem se julgue superior a nós.
Seríamos caridosos se, com sacrifício de nosso valioso tempo, fôssemos capazes de ouvir, sem enfado, o infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão nada podermos fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.
Seríamos caridosos se, ao revés, soubéssemos fazer-nos momentâneamente surdos quando alguém, habituado a escarnecer de tudo e de todos, nos atingisse com expressões irônicas ou zombeteiras.
Seríamos caridosos se, disciplinando nossa língua, só nos referíssemos ao que existe de bom nos seres e nas coisas, jamais passando adiante notícias que, mesmo sendo verdadeiras, só sirvam para conspurcar a honra ou abalar a reputação alheia.
Seríamos caridosos se, embora as circunstâncias a tal nos induzissem, não suspeitássemos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expender qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares.
Seríamos caridosos se, percebendo em nosso irmão um intento maligno, o aconselhassemos a tempo, mostrando-lhe o erro e despersuadindo o de o levar a efeito.
Seríamos caridosos se, privando-nos, de vez em quando, do prazer de um programa radiofônico ou de T.V. de nosso agrado, visitássemos pessoalmente aqueles que, em leitos hospitalares ou de sua residência, curtem prolongada doença e anseiam por um pouco de atenção e afeto.
Seríamos caridosos se, embora essa atitude pudesse prejudicar nosso interesse pessoal, tomássemos, sempre, a defesa do fraco e do pobre, contra a prepotência do forte e a usura do rico.
Seríamos caridosos se, mantendo permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurássemos criar em torno de nós uma atmosfera de paz, tranquilidade e bom humor.
Seríamos caridosos se, vez por outra, endereçássemos uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados.
Seríamos caridosos se deixássemos de postular qualquer benefício ou vantagem, desde que verificássemos haver outros direitos mais legítimos a serem atendidos em primeiro lugar.
Seríamos caridosos se, vendo triunfar aqueles cujos méritos sejam inferiores aos nossos, não os invejássemos e nem lhes desejássemos mal.
Seríamos caridosos se não desdenhássemos nem evitássemos os de má vida, se não temêssemos os salpicos de lama que os cobrem e lhes estendêssemos a nossa mão amiga, ajudando-os a levantar-se e limpar-se.
Seríamos caridosos se, possuindo alguma parcela de poder, não nos deixássemos tomar pela soberba, tratando, os pequeninos de condição, sempre com doçura e urbanidade, ou, em situação inversa, soubéssemos tolerar, sem ódio, as impertinências daqueles que ocupam melhores postos na paisagem social.
Seríamos caridosos se, por sermos mais inteligentes, não nos irritássemos com a inépcia daqueles que nos cercam ou nos servem.
Seríamos caridosos se não guardássemos ressentimento daqueles que nos ofenderam ou prejudicaram, que feriram o nosso orgulho ou roubaram a nossa felicidade, perdoando-lhes de coração.
Seríamos caridosos se reservássemos nosso rigor apenas para nós mesmos, sendo pacientes e tolerantes com as fraquezas e imperfeições daqueles com os quais convivemos, no lar, na oficina de trabalho ou na sociedade.
E assim, dezenas ou centenas de outras circunstâncias poderiam ainda ser lembradas, em que, uma amizade sincera, um gesto fraterno ou uma simples demonstração de simpatia, seriam expressões inequívocas da maior de todas as virtudes.
Nós, porém, quase não nos apercebemos dessas oportunidades que se nos apresentam, a todo instante, para fazermos a caridade.
Porquê?
É porque esse tipo de caridade não transpõe as fronteiras de nosso mundo interior, não transparece, não chama a atenção, nem provoca glorificações.
Nós traímos, empregamos a violência, tratamos ou outros com leviandade, desconfiamos, fazemos comentários de má fé, compartilhamos do erro e da fraude, mostramo-nos intolerantes, alimentamos ódios, praticamos vinganças, fomentamos intrigas, espalhamos inquietações, desencorajamos iniciativas nobres, regozijamo-nos com a impostura, prejudicamos interesses alheios, exploramos os nossos semelhantes, tiranizamos subalternos e familiares, desperdiçamos fortunas no vício e no luxo, transgredimos, enfim, todos os preceitos da Caridade, e, quando cedemos algumas migalhas do que nos sobra ou prestamos algum serviço, raras vezes agimos sob a inspiração do amor ao próximo, via de regra fazemo-lo por mera ostentação, ou por amor a nós mesmos, isto é, tendo em mira o recebimento de recompensas celestiais.
Quão longe estamos de possuir a verdadeira caridade!
Somos, ainda, demasiadamente egoístas e miseravelmente desprovidas de espírito de renúncia para praticá-la.
Mister se faz, porém, que a exercitemos, que aprendamos a dar ou sacrificar algo de nós mesmos em benefício de nossos semelhantes, porque "a caridade é o cumprimento da Lei."
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Calligaris, Rodolfo. Da obra: As Leis morais.
8a edição. Rio de Janeiro, RJ:FEB, 1998.